segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Alimenta็ใo um direito inviolแvel

Imagens pode ser obtidas em: http://www.planetavoluntarios.com.br/divulgue-essa-ideia
Obs:. Ap๓s publica็ใo em seu veํculo, avise-nos, para que possamos colocแ-lo na se็ใo de imprensa.
Artigo:

16 de outubro- Dia Mundial da Alimentação
“Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua famํlia saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuแrio, habitação, cuidados m้dicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito เ segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsist๊ncia fora de seu controle.” [Artigo XXV / DECLARAçãO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS]
Estatํsticas da Fome:
Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo,1 bilhão de pessoas passando fome, 30 mil crianças morrem de fome a cada dia, 15 milhões a cada ano, um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresentam atraso no crescimento fํísico e intelectual, 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água potável, 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são anemicas e encontram-se abaixo do peso. Uma pessoa a cada sete padece fome no mundo.
a cada dia 275 mil pessoas começ็am a passar fome ao redor do mundo, o Brasil ้ paํs com o maior numero de pessoas com fome, tem 15 milh๕es de crian็as desnutridas. 45% das crian็as Brasileiras, menores de 5 anos sofrem de anemia cr๔nica.
O Brasil ้ o quinto paํs do mundo em extensใo territorial, ocupando metade da แrea do continente sul-americano. Hแ cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia el้trica e o n๚mero de estradas pavimentadas, al้m de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a mแ nutri็ใo e as doen็as end๊micas.Em 1987, no Brasil, quase 40% da popula็ใo (50 milh๕es de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um ter็o da popula็ใo ainda ้ mal nutrido, 9% das crian็as morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total sใo trabalhadores rurais sem terras.
Enquanto o consumo diแrio m้dio de calorias no mundo desenvolvido ้ de 3.315 calorias por habitante, no restante do globo o consume médio ้ de 2.180 calorias diárias por habitante.Metade dos habitantes da Terra ingere uma quantidade de alimentos inferior เs suas necessidades bแsicas. Cerca de um terço da popula็ใo do mundo ingere 65% dos alimentos produzidos. A quarta edi็ใo do Inqu้rito Mundial sobre Agricultura e Alimenta็ใo, patrocinado pela ONU em 1974, concluiu: "Em termos mundiais, a quantidade de alimentos disponํveis ้ suficiente para proporcionar a todo mundo uma dieta adequada."
O aumento dos pre็os dos alimentos fez o n๚mero de famintos no mundo crescer 40 milh๕es para 963 milh๕es de pessoas em 2008, ante o ano passado, de acordo com dados preliminares divulgados hoje pela Organiza็ใo das Na็๕es Unidas (ONU) para Agricultura e Alimenta็ใo (FAO, na sigla em ingl๊s). A entidade advertiu que a crise econ๔mica mundial pode levar ainda mais pessoas a essa condi็ใo. Levando em conta dados do US Census Bureau, departamento de estatํsticas do governo norte-americano, que contam a popula็ใo mundial em 6,7 bilh๕es de pessoas, o n๚mero de famintos representa 14,3% do total.
...em 2007 no Planeta havia 860 milh๕es de famintos; em janeiro de 2009 cento nove milh๕es mais. A metade da popula็ใo africana subsahariana, por citar um exemplo dessa มfrica crucificada, mal vive na extrema pobreza. A ladainha de viol๊ência e desgraças provocadas ้ interminável. No Congo hแ 30.000 meninos soldados dispostos a matar e a morrer a troco de comida; 17% da floresta amaz๔nica foram destruํdos em cinco anos, entre 2000 e 2005; o gasto da Am้rica Latina e do Caribe em defesa cresceu um 91%, entre 2003 e 2008; uma dezena de empresas multinacionais controla o mercado de semente em todo o mundo. Os Objetivos do Milênio se evaporaram na retórica e em suas reuniões elitistas os países mais ricos dizem covardemente que não podem fazer mais para reverter o quadro.
“Quase cem mil mortes diแrias no planeta se devem a fome. Dentre elas, 30 mil são de crianças com menos de cinco anos. Mais do que tres torres gêmeas por dia que se desmoronam em silêncio, sem que ninguém chore ou construa monumentos”, declarou เ swissinfo Carlos Alberto Libโnio Christo, mais conhecido como Frei Betto.
Essas são algumas das Estatํsticas da fome que o mundo se acostumou a acompanhar de tempos em tempos. Todavia a fome segue matando de maneira end๊mica em muitas regi๕es do globo.
Um mundo livre da fome
Nós do Planeta Voluntแrios buscamos um mundo sem fome e desnutrição - um mundo no qual cada uma e todas as pessoas possam estar seguras de receber a comida que necessitam para estar bem nutridas e saudแveis. Nossa visão é a de um mundo que protege e trabalha para que haja assistência social e dignidade humana para todas os povos. Um mundo no qual cada criança pode crescer, aprender e florescer, e desenvolver-se como membros ativos e ativos da sociedade.
Por Marcio Demari
PLANETA VOLUNTมRIOS
Porque ajudar faz bem !
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A maior Rede Social de Voluntแrios e ONGs do Brasil !!!

sábado, 10 de outubro de 2009

Paulo Paim elogia programa que diminui violência urbana

 

Agência Senado

Publicação: 09/10/2009 12:06

O senador Paulo Paim (PT-RS) celebrou, na manhã desta sexta-feira (9/10), o lançamento do programa Territórios de Paz, na cidade de Canoas (RS), dizendo que ele pode mudar a cara do Brasil, reduzindo o sentimento de medo que a violência urbana imprime hoje às cidades. Paim definiu o programa como "um gol de placa".
"Isso é formidável! Quando eu falo que pode mudar a cara do Brasil, eu quero dizer que vai mudar também o tipo de sentimento que as populações vivem em seu dia a dia. É muito provável que o medo seja o sentimento com o qual elas têm maior intimidade, porque estão expostas de forma cruel a todo tipo de violência", afirmou ele.
De acordo com Paim, mudar esse sentimento é transformar pessoas. É dar uma vida muito mais digna e feliz para quem vive numa espécie de prisão. Em sua opinião, a violência crescente no país é uma dor profunda que vai minando a esperança de que algo bom possa acontecer na vida dos cidadãos.
"Nós temos que devolver a fé para essas populações mais atingidas por atos violentos. O governo federal está de parabéns por esse programa, que considero um gol de placa. O Territórios de Paz pode realmente mudar a cara do Brasil", disse ele.
Paim explicou que essa iniciativa faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), mescla políticas de segurança com ações sociais e é uma iniciativa inédita no enfrentamento da criminalidade no país.
Para o projeto ser implementado, disse o senador gaúcho, o governo federal investirá R$ 6,7 bilhões em todo o país até o fim de 2012. Ele também explicou que o Pronasci opta por priorizar a prevenção e assim atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão de estratégias de ordenamento social e de segurança pública.
Entre os principais eixos do Pronasci, Paim destacou a valorização dos profissionais de segurança pública, a reestruturação do sistema penitenciário, o combate à corrupção policial e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência.

http://www.correiobraziliense.com.br

Valter Ferreira

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

25 milhões de crianças passarão fome pela mudança climática em 2050

 

30/09 - 05:06 , atualizada às 10:42 30/09 - EFE

EFE - v1

Bangcoc - O efeito adverso da mudança climática na produção de alimentos fará com que 25 milhões de crianças passem fome em 2050 caso não se tomem medidas para evitá-lo, advertiu hoje os Instituto Internacional de Política Alimentaria (IFPRI, sigla em inglês) em uma conferência em Bangcoc.

"Este drama pode ser evitado com um investimento de US$9 bilhões anuais para aumentar a produtividade agrícola e ajudar produtores a enfrentar os efeitos do aquecimento global", afirmou em comunicado o investigador Gerald Nelson, um dos autores do relatório do IFPRI.
"Melhores estradas, sistemas de irrigação, acesso a água potável e escolarização para crianças são essenciais", acrescentou Nelson, no marco da conferência sobre mudança climática realizado em Bangcoc para preparar a cúpula de Copenhague em dezembro.
O estudo mantém que os habitantes nos países em desenvolvimento terão acesso a 2.410 calorias diárias em 2050, 286 calorias menos que em 2000; na África será de 392 menos; e nos países industrializados de 250 menos.
Os líderes do G20 acordaram na semana passada em Pittsburg (EUA) doar US$2 bilhões para combater a fome, enquanto a ONU anunciou uma cúpula sobre o problema em novembro.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pressionou o fim de semana passado ao Banco Mundial e a outras instituições multilaterais para que aumentem suas contribuições ao terceiro mundo, em um momento em que "ainda mais pessoas não têm acesso a alimentos porque os preços são incrivelmente altos por causa da crise econômica ou a falta de chuvas".
Nelson opinou que as crises alimentícia do ano passado, quando as informações de escassez de alimentos básicos suscitaram protestos em numeroso países pobres e emergentes, foi uma chamada de atenção.
"A população da Terra será 50% maior que a atual em 2050 (...) os desafios serão enormes até sem mudança climática", acrescentou o investigador.

Leia mais sobre: fome

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PARENTES

"Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua familia, negou a fé e é pior do que o infiel" - Paulo. (I Timóteo, 5:8.)

A Casualidade não se encontra nos laços da parentela.
Princípios sutis da Lei funcionan nas ligações consagüineas.
Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente, é indispensável pagar com alegria os débitos que nos imanam a alguns corações, a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a Humanidade.
Inutíl é a fuga dos credores que respiram conosco sob o mesmo teto, porque o tempo nos aguardará implacável, constrangendo-nos à liquidação de todos os compromissos.
Temos compenheiros de voz adocicada e edificante na propaganda salvacionista, que se fazem veidadeiros trovões de intolerância na atmosfera caseira, acumulando energias desequilibradas em torno das próprias tarefas.
Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um jardim de flores. Por vezes, é um espinheiro de preocupaçções e de angústias, reclamando-nos sacrifício. Contudo, embora necessitamos de firmeza nas atitudes para temperar a afetividade que nos é própria, jamais conseguiremos sanar as feridas do nosso ambiente particular com o chicote da violência ou com a emplastro do desleixo.
Consoante a advertência do Apóstolo, se nos falha o cuidado para com a própria família, estaremos negando a fé.
Os parentes são obras de amor que o Pai Compassivo nos deu a realizar. Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos designios da verdadeira fraternidade. Somente adestrando paciência e compreenção, tolerância e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos as servir com vitória, no mar alto das grandes experiências.
Do Livro: Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo Espirito: EMMANUEL
Federação Espirita Brasileira

APRENDENDO A AGRADECER

Em tudo dai graça.

Saibamos agradecer as dádivas que o Senhor nos concede cada dia:
A largueza da vida;
O ar abundande;
A graça da locomoção;
A faculdade do raciocínio;
A fulguração da ideia;
A alegria de ver;
O prazer de ouvir;
O tesouro da palavra;
O privilégio do trabalho;
O dom de aprender;
A mesa que nos serve;
O pão que nos alimenta;
O Pano que nos veste;
As mãos desconhecidas que se entrelaçam no esforço de suprir-nos a refeição e o agasalho;
Os benfeitores anônimos que nos transmitem a riqueza do conhecimento;
A conversação do amigo;
O aconchego do Lar;
O doce dever da família;
O contentamento de construir paa o futuro;
A renovação das próprias forças...
Muita gente está esperando lances espetaculares da "boa sorte mundana", a fim de esprimir gratidão ao Céu.
O cristão, contudo, sabe que as bençãos da Provedencia Divina nos enriquecem os ângulos mais simples de cada hora, no espaço de nossas experiências.
Nada existe insignificante na estrada que percorremos.
Todas as concessões do Pai Celeste são preciosas no campo de nossa vida.
Utilizando, pois o patrimonio que o Senhor nos empresta, no serviço incessante ao bem,aprendemos a agradecer.
Do Livro: Fonte Viva
Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo Espirito EMMANUEL

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pra nunca mais chorar...

2  Passava do meio dia, o cheiro de pão quente invadia aquela rua, um sol escaldante convidava a todos para um refresco. Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
         - Pai, to com fome!
        - O pai, seu Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência...
         -Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu to com muita fome pai!
         - Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Seu Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na Padaria a sua frente. Ao entrar dirige-se a um  senhor no balcão:
        - Meu Senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos ai na porta com muita fome, não tenho nenhum tostão pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei. Eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o Senhor precisar.
         Amaro, o dono da Padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho. Seu Agenor, pega o filho pela mão e apresenta-o ao Senhor Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso P.F (Prato Feito), arroz, feijão, bife e ovo. Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua, para o Seu Agenor, uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá, grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada. A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e a lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades. Amaro se aproxima do Seu Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
       - O Maria, sua comida deve ta muito ruim, olha o meu amigo ta até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato...?
         Imediatamente, Seu Agenor, sorri, e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer.
         Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho.
        Mais confiante  Seu Agenor, enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas. Após o almoço, Amaro convida o Seu Agenor para uma conversa nos fundos da Padaria, onde havia um pequeno escritório. Seu Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos "biscates aqui e acolá", mas que há 2 meses não recebia nada.
         Amaro, resolve então contratar o Seu Agenor para serviços gerais na Padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias. Seu Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho. 
         Ao chegar em casa com toda aquela "fartura", seu Agenor é um novo homem, sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso, Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores.

        No dia seguinte as 5 da manhã, Seu Agenor, estava na porta da Padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho. O Senhor Amaro, chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando. Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa. E, ele não se enganou, durante um ano, Seu Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres.

         Um dia, Amaro chama o Seu Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da Padaria, e que ele fazia questão que Seu Agenor fosse estudar. Seu Agenor até hoje não consegue esquecer seu primeiro dia de aula, a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...
         Doze anos se passaram desde aquele primeiro dia de aula, vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, hoje advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro. Ao meio dia ele desce para um café na Padaria do amigo Amaro,  que fica impressionado em ver o "antigo funcionário" tão elegante em seu primeiro terno.
        Mais dez anos se passam e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço. Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista.
      Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um, conta até que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido.
       Conta-se no céu, que o próprio Mestre Jesus veio recebê-los com um sorriso  e um coro de mil anjos entoando uma música que falava da vitória dos que sabem persistir.

         Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da "Casa do Caminho" que seu pai fundou com tanto carinho:
"Um dia eu tive fome, e você me alimentou. 
Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho.
Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço.
Que Deus habite em seu coração, alimente sua alma e te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar"

P.S. Esta é uma estória que os anjos me contaram, qualquer semelhança com a realidade, pessoas ou fatos, será mera coincidência (?)
Paulo Roberto Gaefke

Eu acredito em você

Beijo azul

Oração da Gratidão

4mulavb-1 Autor: Gaefke

• Wednesday, June 03rd, 2009

Senhor Jesus,
neste dia que se abre para uma nova jornada,
peço a sua benção, escudo contra o mal,
peço a sua paz, fonte de serenidade,
peço a sua bondade, que iguala os seres humanos,
peço a sua renúncia, que nos sustenta diante das provas,
peço a sua resignação, para aceitar o que não compreendo,
peço a sua dedicação, para servir sem olhar a quem,
peço a sua certeza, para ir além das minhas dúvidas,
peço a sua serenidade, para pensar antes de agir,
e peço a sua compreensão para os meus pedidos,
pois ainda não sei oferecer mais de mim.

Ainda não sei agradecer como deveria.
Então, ensina-me a te adorar,
a devolver amor em toda e qualquer circunstância,
e ainda que eu ande em meio a escuridão do desamor,
ainda que me perca na raiva ou no ódio da incompreensão,
eu lhe peço,
tem compaixão das minhas fraquezas,
e quando todos me acusarem,
que eu possa encontrar os teus olhos,
eles serão meus faróis.
E se ainda assim, eu não tiver forças para seguir,
que eu possa estender as mãos,
pois sei que as tuas estarão esperando as minhas,
pois de tudo que há em Ti,
nada supera o Teu Amor.

www.meuanjo.com.br

O som do silêncio

 

Autor: GaefkeO som do silêncio

O som do silêncio

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos, aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da sua, aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou, a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora.

Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido, evitar reclamações vazias e sem sentido, aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores….

Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo, que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim.

Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo,
como as marés que insistem em ir e voltar,
os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar,
como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo, complete a sua tarefa.

Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu .

Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares, aprende com o silêncio a respeitar o seu “eu”, a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo, e o santuário que é a sua vida.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você, eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar, desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que você é especial.
Paulo Roberto Gaefke

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Cansaço

Cansado?Cansado?

Faltam energias para continuar na sua jornada?
Tem dia que parece que nosso corpo não quer colaborar, a mente não quer trabalhar e nos sentimos um “trapo velho”.
Para esses dias a sintonia com Deus é fundamental, mas nosso pensamento deverá ser modificado para coisas alegres.
Mentalize um dia em que você viveu uma grande alegria, vá revivendo esse dia, imaginando cada situação passada. Fique na alegria desse dia…

Leia pela manhã o  Salmo 90

Salmo 90 - Para pedir proteção, para alcançar progresso material. Proteção no trabalho, energia para procurar um novo emprego. Combate o desânimo!

1 Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração.

2 Antes que nascessem os montes, ou que tivesses formado a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus.

3 Tu reduzes o homem ao pó, e dizes: Voltai, filhos dos homens!

4 Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite.

5 Tu os levas como por uma torrente; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce;

6 de manhã cresce e floresce; à tarde corta-se e seca.

7 Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor somos conturbados.

8 Diante de ti puseste as nossas iniqüidades, à luz do teu rosto os nossos pecados ocultos.

9 Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um suspiro.

10 A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos.

11 Quem conhece o poder da tua ira? e a tua cólera, segundo o temor que te é devido?

12 Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios.

13 Volta-te para nós, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos.

14 Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias.

15 Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.

16 Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre seus filhos.

17 Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.

33 Leituras recomendadas:

Guarde esse versículo:
(MT 11:28) “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.”
(MT 11:29) “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.”
(MT 11:30) “Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Planeta Inteligente

Fome atinge 1,02 bilhão de pessoas

Roberto Moregola

Pela primeira vez na história, o número de pessoas que passam fome superou a marca de 1 bilhão, segundo relatório da FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. O número representa um sexto da população global e representa um aumento superior a 10% em relação a 2008.

Se os níveis persistirem, a proposta da FAO de redução pela metade do número de pessoas nessas condições não será cumprida. A meta estipula que, até 2015, a falta de alimentos não atinja mais do que 420 milhões de habitantes.

Embora projeções indiquem que em 2009 a produção de gêneros alimentares será inferior à do ano passado, a quantidade disponível de produtos não é apontada como causa do problema. Pesquisas indicam que a produção de cereais, por exemplo, terá índices elevados este ano.

Segundo o estudo, a crise mundial é o principal motivo pelo crescimento da desnutrição ao redor do mundo. A estagnação da economia provocou a diminuição da oferta de empregos e o aumento dos preços dos alimentos. Com isso, as camadas mais pobres ficaram sem acesso às condições básicas de alimentação. Outra consequência registrada foi a mudança da rotina de gastos das famílias, que passaram a consumir alimentos mais baratos, como grãos, em detrimento de produtos como carnes, derivados do leite, frutas e hortaliças, mais caros e ricos em proteínas e nutrientes.

O estudo indica que, para sanar o problema, as famílias afetadas recorrem a deslocamentos migratórios em busca de novos postos de trabalho, empréstimos e a entrada em novos setores da economia. Além disso, é verificado o aumento do número de mulheres no mercado, situação que também pode ocorrer com crianças.

Alguns reflexos nocivos dessas mudanças são a evasão escolar – o que contribui para a perpetuação de um ciclo de pobreza – e a manifestação de tensões sociais.

A região da Ásia e do Pacífico (onde estão localizadas China e Índia) é a que apresenta o maior número de pessoas que passam fome: 642 milhões. Em termos relativos, ou seja, quantidade de desnutridos em relação ao total de habitantes, a África subsaariana (países localizados ao sul do deserto do Saara) tem o maior índice: 32%. A região da América Latina e do Caribe, onde melhoras tinham sido registradas nos últimos anos, apresentou um aumento na taxa da ordem de 12,8%, o que corresponde a 53 milhões de pessoas.

Planeta Inteligente

sexta-feira, 19 de junho de 2009

- Fome no Mundo - um problema sem solução?

Alberto Garuti

Resolver o problema da fome
não depende só dos países em desenvolvimento

Em 1974, durante a Conferência Mundial sobre Alimentação, as Nações Unidas estabeleceram que “todo homem, mulher, criança, tem o direito inalienável de ser livre da fome e da desnutrição...”. Portanto, a comunidade internacional deveria ter como maior objetivo a segurança alimentar, isto é, “o acesso, sempre, por parte de todos, a alimento suficiente para uma vida sadia e ativa”.

E isso quer dizer:

  • acesso ao alimento: é condição necessária, mas ainda não suficiente;
  • sempre: e não só em certos momentos;
  • por parte de todos: não bastam que os dados estatísticos sejam satisfatórios. É necessário que todos possam ter essa segurança de acesso aos alimentos;
  • alimento para uma vida sadia e ativa: é importante que o alimento seja suficiente tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo.

Os dados que possuímos dizem que estamos ainda muito longe dessa situação de segurança alimentar para todos os habitantes do planeta.

Quais são as causas?

A situação precisa ser enfrentada, pois uma pessoa faminta não é uma pessoa livre. Mas é preciso, em primeiro lugar, conhecer as causas que levam à fome. Muitos acham que as conhecem, mas não percebem que, quando falam delas, se limitam, muitas vezes, a repetir o que tantos já disseram e a apontar causas que não têm nada a ver com o verdadeiro problema. Por exemplo:

A fome é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes. Não é verdade! A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira.

A fome é devida ao fato de que somos “demais”. Também não é verdade! Há países muito populosos, como a China, onde todos os habitantes têm, todo dia, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países muito pouco habitados, como a Bolívia, onde os pobres de verdade padecem fome!

No mundo há poucas terras cultiváveis! Também não é verdade. Por enquanto, há terras suficientes que, infelizmente, são cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos países ricos!

As verdadeiras causas

As causas da fome no mundo são várias, não podem ser reduzidas a uma só. Entre elas indicamos:

As monoculturas: o produto nacional bruto (pib) de vários países depende, em muitos casos, de uma cultura só, como acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único produto de exportação era o café. Sem produções alternativas, a economia desses países depende muito do preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das condições climáticas para garantir uma boa colheita.

Diferentes condições de troca entre os vários países: alguns países, ex-colônias, estão precisando cada vez mais de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles não produzem e cujo preço é fixado pelos países que exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o único produto de exportação dos países pobres, são fixados, de novo, pelos países que importam.

Multinacionais: são organizações em condições de realizar operações de caráter global, fugindo assim ao controle dos Estados nacionais ou de organizações internacionais. Elas constituem uma rede de poder supranacional. Querem conquistar mercados, investindo capitais privados e deslocando a produção onde os custos de trabalho, energia e matéria-prima são mais baixos e os direitos dos trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comércio mundial e até 90% do comércio mundial dos bens de primeira necessidade.

Dívida externa: conforme a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a dívida está paralisando a possibilidade de países menos avançados de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à própria produção agrícola o necessário desenvolvimento. A dívida é contraída com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetário e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que se arrecada com as exportações são gastos somente para pagar os juros da dívida externa. A dívida, infelizmente, continua inalterada ou aumenta.

Conflitos armados: o dinheiro necessário para providenciar alimento, água, educação, saúde e habitação de maneira suficiente para todos, durante um ano, corresponde a quanto o mundo inteiro gasta em menos de um mês na compra de armas. Além disso, os conflitos armados presentes em muitos países em desenvolvimento causam graves perdas e destruições em seu sistema produtivo primário.

Eis o que nos dizem as estatísticas:

- Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo.

- 11 mil crianças morrem de fome a cada dia.

- Um terço das crianças dos países em desenvolvimento
apresentam atraso no crescimento físico e intelectual.

- 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água
potável.

- 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são
anêmicas e encontram-se abaixo do peso.

- Uma pessoa a cada sete padece fome no mundo.

Desigualdades sociais: a luta contra a fome é, em primeiro lugar, luta contra a fome pela justiça social. As elites que estão no governo, controlando o acesso aos alimentos, mantêm e consolidam o próprio poder. Paradoxalmente, os que produzem alimento são os primeiros a sofrer por sua falta. Na maioria dos países, é muito mais fácil encontrar pessoas que passam fome em contextos rurais do que em contextos urbanos.

Neo-colonialismo: em 1945, através do reconhecimento do direito à autodeterminação dos povos, iniciou o processo de libertação dos países que até então eram colônias de outras nações. Mas, uma vez adquirida a independência, em muitos continuaram os conflitos internos que têm sua origem nos profundos desequilíbrios sociais herdados do colonialismo. Em muitos países, ao domínio colonial sucederam as ditaduras, apoiadas pela cumplicidade das superpotências e por acordos de cooperação com a antiga potência colonial. Isso deu origem ao neocolonialismo e as trocas comerciais continuaram a favorecer as mesmas potências.

Quando um país vive numa situação de miséria, podemos dizer que, praticamente, todas essas causas estão agindo ao mesmo tempo e estão na origem da fome de seus habitantes. Algumas delas dependem da situação do país, como o regime de monocultura, os conflitos armados e as desigualdades sociais. Elas serão eliminadas, quando e se o mesmo país conseguir um verda-deiro desenvolvimento. Mas outras causas já não dependem do próprio país em desenvolvimento, e sim da situação em nível internacional. Refiro-me às condições desiguais de troca entre as várias nações, à presença das multinacionais, ao peso da dívida externa e ao neocolonialismo. Isso quer dizer que os países em desenvolvimento, não conseguirão sozinhos vencer a miséria e a fome, a não ser que mudanças verdadeira-mente importantes aconteçam no relacionamento entre essas nações e as mais industrializadas.

- Fome no Mundo - um problema sem solução?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Novíssima geografia da fome | O POVO Online - Vida & Arte

 

Cinema

Novíssima geografia da fome

Com o Ceará como cenário, o cineasta José Padilha lança hoje em Fortaleza seu terceiro título. Garapa flagra as dores cotidianas das vítimas da fome

Garapa, de José Padilha, flagra situações de miséria e fome em três comunidades carentes no Ceará (Foto: Divulgação/Alexandre Lima)

Seguidor das idéias e da missão do sociólogo Herbert de Sousa (1935-1997), o Betinho, à frente do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), o economista Francisco Menezes, atual diretor da entidade, bem que poderia constar nos créditos do mais recente trabalho do cineasta carioca José Padilha. Numa conversa primeira, em que o diretor procurava dados iniciais para fomentar o projeto de rodar um documentário com foco na problemática da fome, Menezes provocou: “Padilha, por que você não faz um filme sobre a realidade de quem passa fome no Brasil?”. Assim, nascia o longa-metragem Garapa, com estreia prevista para o próximo dia 29, que chega hoje a Fortaleza com duas sessões especiais no Espaço Unibanco Dragão do Mar.
Todo filmado no Ceará, Garapa demarca o reencontro de Padilha com a produção documental e reforça a imagem engajada do cineasta, autor dos polêmicos Ônibus 174 (2002) e Tropa de Elite (2007). Em quase duas horas, o diretor acompanha as dores de três famílias, açoitadas pelo drama da fome. Da periferia de Fortaleza aos confins do município de Choró, no Sertão Central, o cineasta segue, com uma câmera discreta, a rotina de quem, quando almoça, não janta, e vice-versa. Gente simples, envelhecida ainda criança, que vê a vida correr sem nenhuma esperança, nem mesmo a de comer todos os dias. Apesar do recorte geográfico muito definido, o diretor é categórico quanto aos limites de sua nova criação. “Garapa é um filme sobre a realidade de apenas três famílias, mas, eu não tenho receio em afirmar que, dos filmes que eu fiz, é o mais universal. Poderia ter filmado esse documentário em São Paulo ou na África, mas filmei no Ceará. E a fome no Ceará é exatamente a mesma fome de qualquer outro lugar”, argumenta.
Depois de disputadas apresentações em festivais nacionais e internacionais, Garapa se prepara para enfrentar o circuito nacional. Popular, graças ao estrondoso sucesso de Tropa de Elite, José Padilha volta a desafiar os públicos. Dessa vez, não mais com a potência da ficção nem com o registro de um episódio passado, como o trágico incidente do Ônibus 174, mas com a força perturbadora de um presente sofrido, que insiste em perdurar. “O grande dilema da fome, enquanto violência, é que ela não é ocasional, ela é constante”, observa o diretor, que, na passagem de hoje por Fortaleza, também participa do projeto Encontro com Cineastas, promovido pela Vila das Artes. Na entrevista exclusiva a seguir, Padilha desnuda os detalhes de seu novo trabalho e avisa: “Por mais fortes que sejam as histórias de vida dessas três famílias que escolhemos aleatoriamente, eu não acho que esteja aí o grande diferencial de Garapa. O mais forte do filme é revelar essa cara da fome, que a maioria de nós desconhece”. Confira.
O POVO - Garapa começa com duas citações do médico pernambucano Josué de Castro (1908-1973). Eu queria lembrar uma outra fala dele para começar essa nossa conversa. Ele dizia que “enquanto metade da humanidade não come, a outra metade não dorme, com medo da que tem fome”. Isso, de certa forma, aproxima esse novo filme dos outros dois que o antecederam? A violência urbana de Ônibus 174 e Tropa de Elite tem na fome de Garapa um fator determinante?
José Padilha - Eu não acho que a fome seja um fator determinante para a violência urbana. Acho, sim, que a fome é uma forma de violência muito maior que qualquer outra. O grande dilema da fome, enquanto violência, é que ela não é ocasional, ela é constante. Pelo menos aqui no Rio de Janeiro, aqui da Zona Sul do Rio, onde moro, no Jardim Botânico, não tenho como estabelecer um nexo direto. Infelizmente, não conheço outras realidades. Mas, pelo menos aqui, no Rio de Janeiro, onde filmei Ônibus 174 e Tropa de Elite, a fome não é determinante para a violência urbana. Aqui, a violência tem muito mais a ver com a corrupção política, com a má gestão da segurança pública, com o descaso com a educação, com a questão do tráfico de drogas. Claro que eu sei que, também aqui, os índices de pessoas em condição de insegurança alimentar são extremos, mas não arrisco dizer que está aí um motor da violência urbana da cidade do Rio de Janeiro.
OP - Seus outros trabalhos no cinema acabaram por exigir que você teorizasse sobre os temas de sua criação. Com isso, você passou a ser cobrado a dominar temas não necessariamente ligados ao cinema, como segurança pública, por exemplo. Isso tem se repetido em Garapa?
Padilha – De certa forma, sim, mas eu estudei bem menos para fazer esse filme que os outros dois. Garapa é um filme sobre como é passar fome. Queria fazer um documentário que mostrasse a fome do ponto de vista de quem lida com ela, e, não, dos especialistas. Por isso, me preparei menos. Embora tenha lido muito. Não à toa, cito o Josué de Castro logo começo do filme. Minha intenção, desde sempre, era mostrar a realidade da fome, e, não, explicar como ela se dá. Agora, eu acho completamente natural que o cineasta se apodere dos assuntos que discute. Isso é prova da complexidade do cinema. Hoje, depois de Garapa, eu discuto sobre insegurança alimentar com uma maturidade que antes não tinha. Para ser sincero, a fome era algo que desconhecia. Sabia que existia, mas nunca tinha visto.
OP - Que motivação você teve para retomar uma criação documental, tendo em vista a repercussão de sua estreia como diretor de ficção em Tropa de Elite, e por que falar de fome?
Padilha – Isso é interessante. Tropa de Elite e Garapa foram filmados juntos. Eu estava, ao mesmo tempo, envolvido num projeto de ficção e num outro documental. Essa distância de tempo entre eles só aconteceu por uma questão financeira. Foi mais difícil conseguir dinheiro para fazer um filme sobre fome. A idéia de Garapa não foi algo que amadureci. Na verdade, ela me chegou pronta. Numa conversa com o Francisco Menezes, do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), ONG criada pelo Betinho aqui no Rio, ele me provocou: “Padilha, por que você não faz um filme sobre fome? Um filme sobre a realidade de quem passa fome no Brasil?”. Isso mexeu muito comigo.
OP - De que forma você venceu a frieza dos números e encontrou as três famílias cearenses com as quais constrói sua narrativa?
Padilha – O próprio Francisco Menezes me sugeriu uma estrutura narrativa para o documentário. A idéia dele é que eu acompanhasse a realidade de três famílias em condição de insegurança alimentar máxima, em diferentes regiões do Brasil. Foi ele, também, quem me indicou o Ceará. Em Garapa, eu não fiz nenhum trabalho de pré-produção. Em Fortaleza, por exemplo, a família da Lúcia foi a primeira que encontrei no Centro de Nutrição do Conjunto Palmeiras. Garapa é um filme sobre a realidade de apenas três famílias, mas, eu não tenho receio algum em afirmar que, dos filmes que eu fiz, é o mais universal. Poderia ter filmado esse documentário em São Paulo ou na África, mas filmei no Ceará. E a fome no Ceará é exatamente a mesma fome de qualquer outro lugar.
OP - A princípio, você se coloca como mero observador, mas, aos poucos, tem sua equipe meio que afetada pela realidade que filma. Numa cena, você ajuda uma criança que está sofrendo com dor de dente. Em outro momento, tira a câmera de dentro de uma casa, diante do risco do marido, faminto, bater na mulher, de rabo cheio, como ele diz. Que tipo de relação você e sua produção estabeleceram com os personagens?
Padilha – Nós acompanhamos cada família por um período de cerca de 30 dias. Cada vez que a nossa relação ia aumentando com essas famílias, ficava mais e mais difícil de filmar. É inevitável que você não construa laços. A gente se aproximou, sim, do cotidiano dessas pessoas, mas esses dois casos que você cita têm dimensões bem diferentes. Quando eu dei o remédio para o garoto com dor de dente, não era exatamente o José Padilha cineasta. Era a pessoa, que não seria capaz de deixar uma criança sofrendo. Já quando nos retiramos da casa da Lúcia, naquele momento de briga dela com o marido, é porque achamos que a câmera pudesse estar estimulando uma agressividade maior dele. Mesmo assim, ficamos por perto, acompanhando. Por mais fortes que sejam as histórias de vida dessas três famílias que escolhemos aleatoriamente, eu não acho que esteja aí o grande diferencial de Garapa. O mais forte do filme é revelar essa cara da fome, que a maioria de nós desconhece.
OP - Interessado pela fome, você acaba denunciando uma realidade, na qual os problemas têm feições múltiplas. Em que medida as populações famintas têm domínio dessa complexidade?
Padilha – Essas pessoas sabem, sim, o que está acontecendo com elas. Isso não dá para negar. Elas sabem que aquela condição em que vivem tem uma série de fatores envolvidos. Agora, a fome é uma situação de fragilidade extrema. Com isso, por mais que possam até ter consciência, algumas questões, como o controle de natalidade, por exemplo, acabam sendo muito pouco discutidas. É muito forte uma espécie de fatalismo. Alguns assuntos, evidentes naquele cotidiano, só entraram em discussão porque eu provoquei. Nesses momentos, as respostas, para mim, são muito reveladoras desse domínio que você me pergunta. Num trecho, quando questiono a um dos pais se ele não acha que quanto mais filhos tiver mais difícil vai ser mais de conseguir comida para todos, ele me responde com um “Deus dá”. É claro que Deus não dá, ou, pelo menos, não estava dando para aquela família.
OP - Você tenta estabelecer com os seus interlocutores um debate sobre a eficácia do programa Fome Zero, grande bandeira do presidente Lula. Você diria que o projeto transformou a percepção social para a problemática da fome?
Padilha – Eu sou um entusiasta do Fome Zero. O Governo acerta, e muito, quando dá comida a quem tem fome. A situação da fome hoje em nosso País é menor que há alguns anos. Então, vejo, sim, como um instrumento extramente eficaz. Principalmente, por conta dessa transformação de percepção que você me pergunta. Hoje a fome é assunto nacional e é um problema que precisa ser enfrentado.
OP - Em Garapa, você acompanha o cotidiano de três famílias. O número parece modesto, mas o fato é que o panorama traçado é desolador. Por esses locais onde passou com sua equipe, você encontrou algum contraponto de dignidade ou a fome é geral?
Padilha – Três famílias pode parecer um recorte muito limitado, tendo em vista os 963 milhões de pessoas em todo o mundo que, segundo a ONU, vivem em condição extrema de fome, mas acredito que Garapa dê um novo significado a esse número. Sei, por exemplo, que os vizinhos da Robertina, no interior do Ceará, não passavam fome. Para mim, isso não muda nada, porque a Robertina, o marido e os filhos viviam numa condição de insegurança alimentar aguda. Diante disso, resta respeitar os números. No Brasil, de acordo com uma pesquisa recente do Ibase, 11,5 milhões de pessoas, assistidas pelo Fome Zero, convivem com uma grave insegurança alimentar. O que dizer das milhares que estão fora do programa? O número está dado, a gente não tem como fugir.
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Novíssima geografia da fome | O POVO Online - Vida & Arte

Vítimas de enchentes no Norte e Nordeste reclamam da falta de comida :: Notícias JusBrasil

 

Vítimas de enchentes no Norte e Nordeste reclamam da falta de comida

Extraído de: G1 - Globo.com -  15 de Abril de 2009

Estados do Norte e Nordeste do Brasil continuam tendo prejuízos com as chuvas. Vítimas de enchente reclamam da falta de comida e de água potável.

Veja o site do Jornal Nacional

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Em Bacabal, no Maranhão, o Rio Mearim subiu quatro metros acima do nível normal. A praça da cidade ficou alagada. Oito municípios do interior continuam em estado de emergência.

No Acre, três mil pessoas tiveram que deixar suas casas. Os bombeiros trabalham também na retirada de troncos de árvores trazidos pelo Rio Acre, que ameaçam na estrutura das pontes em Rio Branco.

Em Altamira, no Pará, equipes trabalham para recuperar pontes e estradas. A Defesa Civil informou nesta quarta-feira (15) que o número de desabrigados na cidade aumentou para 1,4 mil pessoas.

Voluntários distribuíram roupas e calçados para as vítimas da enchente. O abastecimento de água ainda não foi normalizado, mas o governo do estado instalou caixas d'água em vários bairros.

O Ministério Público está investigando o que causou o rompimento de açudes próximos ao município de Altamira. Segundo a Defesa Civil, alguns deles foram construídos ilegalmente.

Alerta

A Agência Nacional de Águas fez hoje um alerta de enchente para a região amazônica. O nível do Rio Negro passou de 28 metros e está muito próximo do que foi registrado na maior cheia da história, ocorrida em 1953, quando as águas chegaram a 29,69 metros.

O relatório aponta que 50 mil moradores poderão ficar desabrigados em Manaus e áreas próximas. A Secretaria Nacional de Defesa Civil informou que foram enviados para a cidade 450 mil kits para desabrigados e 312 mil toneladas de alimentos.

Autor: Do G1, com informações do Jornal Nacional

Vítimas de enchentes no Norte e Nordeste reclamam da falta de comida :: Notícias JusBrasil

CNBB destaca PEC do divórcio, enchentes e terras na Amazônia

 

PEC 047 - Inclusão do direito à alimentação na Constituição
A presidência da CNBB manifestou o apoio da Igreja à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 047/2003, que recomenda a inclusão do direito à alimentação entre os direitos sociais estabelecidos no Artigo 6º da Constituição Federal (CF).
"Reiteramos a necessidade de incluir da alimentação na Constituição Federal como direito social. Incluir isso na Carta Magna brasileira representa um avanço muito grande para os famintos, já que este benefício social [o alimento] nem sempre é alcançado por todos. Garantir alimento é garantir vida", explicou o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha.
De acordo com o presidente, a organização social do país não favorece os pobres e necessitados. "A organização social brasileira é frágil, pois privilegia os grandes latifundiários, monocultores e esquece que [o Brasil] tem uma população enorme passando fome. A CNBB trabalha para que seja aprovada a PEC 047/2003. Embora sendo um direito natural, o alimento deve fazer parte da nossa Constituição [como um direito social]”, afirma Dom Geraldo. Segundo o arcebispo, isso obrigaria o Governo a garantir o alimento a todos.
Enchentes no Norte e Nordeste
A presidência falou sobre o objetivo da nota aprovada pelo Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) reunido desde o dia 19, em Brasília, manifestando solidariedade às vítimas atingidas pelas enchentes no Norte e Nordeste do Brasil.
"A CNBB juntamente com a Cáritas Brasileira faz uma convocação às nossas dioceses, paróquias e comunidades, e a todo o Brasil, a se empenharem numa campanha nacional de solidariedade aos atingidos pelas enchentes", reafirmou Dom Geraldo Lyrio. 
Para Dom Dimas, a iniciativa da CNBB e da Cáritas hoje é uma repetição daquilo que fez durante as enchentes que flagelaram o estado de Santa Catarina em 2008. "Da mesma forma que no ano passado, estamos nos empenhando nesta nova campanha. Em Santa Catarina, o apelo foi pela reconstrução das casas. Agora a mesma necessidade retorna para que divulguemos a campanha a fim de reconstruir a vida desses novos atingidos, por meio de contas bancárias, arrecadação voluntária e através dos meios de comunicação", esclareceu o secretário da CNBB.
O vice-presidente da Conferência, Dom Luiz Soares, que também é arcebispo de Manaus (AM) há 18 anos, frisou que é preciso ter cautela com discursos superficiais em relação às enchentes e destacou que o homem perdeu o hábito de conviver com a natureza. "As pessoas falam que as enchentes estão ocorrendo por influência das mudanças climáticas, mas é preciso ter cuidado com esse discurso. Não é a primeira vez que há enchente em nossa região, elas sempre ocorreram, uns anos mais, outros menos. Um fato que chama atenção é a perda da convivência entre homem e natureza. O ser humano foi construindo casas onde não devia e agora as enchentes vêm e se tornam uma calamidade", advertiu.
Dom Luiz explicou também a situação das regiões atingidas na Amazônia e o que está sendo feito para a população superar as perdas causadas pelas enchentes. “A população está passando por dificuldades no momento, mas o Governo do estado está providenciando os devidos suprimentos aos atingidos. Já soubemos também que o Governo Federal está preparando o envio de mantimentos e materiais de primeira necessidade, mas ainda não chegou. Por enquanto ninguém está passando fome por causa das enchentes”. Dom Luiz expressou ainda sua preocupação para quando as águas baixarem. “Minha preocupação é depois, quando as águas baixarem, pois é nesse momento de fato que as pessoas veem o que perderam e o que restou”.
Dom Geraldo Lyrio também chamou a atenção da imprensa para não deixar de noticiar as enchentes, sobretudo depois que as águas começarem a baixar. “A tendência dos meios de comunicação é dar ênfase ao assunto quando as águas começam a subir, mas logo que o nível baixa, ninguém mais fala sobre isso. É preciso que se continue a falar porque a situação fica pior depois que as águas baixam, porque as consequências permanecem”.

CNBB destaca PEC do divórcio, enchentes e terras na Amazônia

Notícias | Plan Brasil

 

Sobe para 154 mil o número de desabrigados e desalojados no Maranhão. A Plan está trabalhando na região.

Plan Brasil

O Maranhão é um dos quatro estados da região nordeste que mais tem sofrido com os estragos causados pelas chuvas nos últimos três meses. E, de acordo com a Defesa Civil, a previsão é de chuvas fortes até o próximo dia 15 deste mês. A quantidade de pessoas afetadas já passa de 154 mil. Desse total, 23 mil estão desabrigados e mais de 29 mil foram desalojados.
Em todo Estado, 54 municípios foram afetados e, destes, 43 decretaram situação de emergência. Batalhões do Exército estão no Maranhão para auxiliar na reconstrução de estradas destruídas pela força das águas. Quatro rodovias federais estão totalmente bloqueadas e outras quatro parcialmente. De acordo com a Defesa Civil Estadual ao menos 194 km de estradas foram danificadas parcial ou totalmente pelas chuvas.

Plan Brasil

Em São Luís, capital do Estado, a Defesa Civil Municipal informou que o número de desabrigados e desalojados passou de 800 para mais de 1.200 pessoas. Em Codó, um dos municípios do Maranhão mais castigados pelas chuvas, aproximadamente 12 mil pessoas foram atingidas, sendo 800 famílias desabrigadas. Vinte e sete escolas tiveram de paralisar suas atividades e servem de abrigos. Em Timbiras, a cerca de 30 quilômetros de Codó, são mais de seis mil pessoas desabrigadas. As escolas municipais e estaduais também pararam de funcionar para alojar os desabrigados.
A Plan Brasil, que trabalha nos municípios de São Luís, Codó e Timbiras, está trabalhando ativamente na área e com parcerias com a Defesa Civil em São Luís, e com a Secretaria de Assistência Social de Codó e de Timbiras. Ainda esta semana, a Plan comprará cestas de alimentação e kits de reposição de perdas e danos para os desabrigados atingidos pelas chuvas das áreas de Cidade Olímpica e Itaqui-Bacanga, onde a organização mantém seus projetos.
Em Codó, a Plan também está desenvolvendo um Plano de Ajuda Humanitária e Convivência Pacífica, que inclui a compra e distribuição de 500 kits de emergência (cestas básicas, roupas, brinquedos e móveis), e a realização de oficinas com crianças, jovens e adultos que estão em alojamentos, para a promoção de técnicas de higiene e saúde, além de princípios de convivência pacífica nestes ambientes.

Notícias | Plan Brasil

Chuvas

Norte e Nordeste sofrem com as enchentes

5 de maio de 2009
LINKS RELACIONADOS

Já passa de 600.000 o número de pessoas afetadas pelas enchentes no Norte e Nordeste do país. Os estados mais atingidos pelas fortes chuvas são Maranhão, Piauí Ceará, Bahia, Pará e Amazonas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta terça-feira o Maranhão e o Piauí para sobrevoar as áreas mais atingidas.

O Maranhão tem 52 cidades em estado de emergência. Após sobrevoá-las ao lado da governadora Roseana Sarney, Lula disse que vai liberar dinheiro para ajudar a região, mas exigiu do governo estadual projetos "muito bem realizados". "Não adianta ter dinheiro se não tem projeto; o projeto é essencial para se conseguir o dinheiro", disse Lula. O Ministério da Saúde autorizou o envio ainda esta semana de um carregamento com 265.000 unidades de 15 tipos de medicamentos e insumos ao estado.

No Piauí, as aulas foram suspensas na capital Teresina por causa das enchentes e o prefeito Sílvio Mendes (PSDB) decretou ponto facultativo aos funcionários do município. Com a medida, a prefeitura espera evitar congestionamentos e transtornos causados pelos alagamentos. Há pelo menos 36.000 pessoas afetadas pelas chuvas em todo o estado.

Na Bahia, três pessoas morreram na capital Salvador após um deslizamento de terra provocado pelas chuvas. Segundo a Defesa Civil, três imóveis desabaram no bairro de Pirajá. A chuva também provocou a queda de uma árvore, que atingiu dois ônibus e um carro. No Ceará há mais de 26.000 pessoas desalojadas. As chuvas na região já duram um mês e causaram, até o momento, sete mortes. Em todo o estado há 165.000 pessoas atingidas pelas chuvas, que atingem 134 municípios, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Norte - No Pará, as regiões mais atingidas pelas cheia são o baixo Amazonas e Tapajós, onde o nível do rio já está a 8,5 metros acima do. Segundo a Defesa Civil Estadual, pelo menos 32.000 pessoas foram afetadas pelas enchentes e ao menos 1.000 estão desalojadas. Há 28 municípios em estado de emergência. No Amazonas, o tradicional Festival Folclórico de Parintins corre o risco de não ser realizado nos últimos dias de junho por conta da enchente que já atinge bairros próximos ao Bumbódromo.

A Defesa Civil Estadual estima que cerca de 30.000 pessoas que moram na zona oeste de Parintins, a 325 quilômetros de Manaus, podem ficar completamente isoladas do centro. No município, foram cadastradas 2.000 famílias desalojadas. De acordo com o secretário de governo do Estado, José Melo, contudo, o município que mais preocupa é Anamã, a 168 quilômetros da capital. "O município está submerso porque foi construído dentro de um vale, as pessoas estão todas ilhadas nos poucos lugares mais altos", afirmou.

(Com Agência Estado)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Dana Social

Doação de resíduos para o Aterro Santa Tecla

Inclusão coletiva através da doação de resíduos recicláveis
Doação acontece desde 2001
Imagem: Marcos Massa

O lugar é árido. Um Aterro de lixo sempre é um quadro triste de se ver e faz pensar nos desperdícios que cometemos no nosso dia-a-dia. O Aterro Municipal Santa Tecla, em Gravataí, não é diferente. Mas a profusão de sorrisos que se encontra lá é tamanha que é impossível não se emocionar e sorrir de volta.
São dois galpões de reciclagem que sustentam 46 famílias de Gravataí, que vivem da triagem do lixo. A Dana doa para este Galpão os resíduos recicláveis de papelão, plástico e vidro gerados na empresa. No caso dos plásticos e papelões, a geração de resíduos, em 2007, foi de 90 toneladas de papel, 89 de plásticos e 800 Kg de vidro – 80% deste material é doado para as usinas de reciclagem do município de Gravataí.
O objetivo é que os catadores de lixo promovam uma reciclagem em nível comercial dentro dos galpões de reciclagem localizados dentro do aterro Sanitário Municipal Santa Tecla, em Gravataí. A ideia é evitar que eles retornem ao aterro para fazer coletas manuais, como era feito antes destes projetos sociais. Outro objetivo desta ação é fortalecer a implantação da coleta seletiva em Gravataí.

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Gelson acha fundamentais as doações da Dana
Imagem: Marcos Massa

A Dana faz esta doação desde 2001, e as cargas chegam diariamente ao Aterro. Rosângela Maria de Aguiar Gomes, bióloga responsável pelas atividades do Aterro desde 2000, afirmou que a importância destas doações é vital. “O plástico, papelão e vidro que vêm da Dana é muito importante para estas famílias – é um material rico, que vêm limpo e separado para que eles façam a triagem. Sem ele, o Aterro não funcionaria tão bem, com certeza”, disse a bióloga.
No primeiro galpão, trabalham os componentes da Associação de Catadores Santa Tecla. O presidente da Associação, Gelson da Silva, trabalha no Aterro desde 96 e, antes disso, era catador de rua. Em 1996, ele resolveu organizar sua gente e criar a Associação que, ele mesmo define, é uma grande família. “As doações da Dana ajudaram – e muito – a estabilizar a situação da Associação e são muito importantes porque representam o sustento para as 25 famílias das pessoas que trabalham aqui”, relata. Gelson começa a trabalhar todos os dias às 8h30min, e quase não pára até às 17h. Sua esposa, Rosa Muniz da Silva, com quem é casado há 10 anos, trabalha com ele e eles têm uma filha de 2 anos, Rosa.

Noeli e Débora: mãe e filha unidas
Imagem: Marcos Massa

Noeli Martins da Silva conhece bem a história desta Associação – ela trabalha desde 1983 no Aterro, muito antes dela ser criada por Gelson. Nascida em Porto Alegre, com 8 irmãos, ela trabalhou deste criança na roça, já que a família morava num sítio, trabalhando como caseiros. Plantavam mandioca, aipim, batata doce. Tempo pra estudar não havia. Mudou-se para Gravataí já adulta, e começou a trabalhar como catadora de lixo no Aterro porque achava que o serviço seria mais leve do que o da roça. Chegava de manhã, catava lixo o dia todo, e vendia-o no final do dia. “Eu amo o que eu faço, de todo o coração. Sinto que, fazendo isso, posso viver melhor. É do lixo que eu sobrevivo, e não tenho vergonha de dizer isso. Sobrevivo e ainda ajudo a sociedade e o meio ambiente”, diz. Ela gosta tanto do trabalho que incentivou sua filha, Fátima Aparecida, de 24 anos, a trabalhar com ela.
Fátima trabalha no Aterro desde o começo deste ano. Ela mora em Gravataí com o marido, Daniel, com quem é casada há 8 anos, e está esperando seu primeiro filho. “Eu estava desempregada até o início do ano e estou gostando muito de trabalhar aqui. Além disso, fico junto da minha mãe e ajudo meu marido a aumentar nossa renda familiar”.

Força e união
Cassius busca parcerias para os catadores
Imagem: Marcos Massa

No segundo Galpão de Reciclagem do Aterro Santa Tecla, trabalham os funcionários da Associação ATRACAR – Associação de trabalhadores de ofícios vários, carroceiros e catadores de materiais recicláveis do Aterro de Gravataí. Além do material doado pela Dana, eles também trabalham com o material recolhido pela Prefeitura de Gravataí na Coleta Seletiva da cidade. A Associação existe desde 96, com a preocupação de reduzir os intermediários entre os catadores e as pessoas para quem vendem os resíduos – e, assim, aumentar os ganhos dos catadores.
Cassius de Oliveira, Coordenador do Grupo, diz que, hoje, a renda dos catadores desta Associação aumentou em até 400%. Ao todo, 21 pessoas trabalham ali, e mais 33 trabalham como catadores na rua. “Somos organizados. Buscamos parcerias, com grandes empresas e com a Prefeitura e, assim, crescemos juntos. A parceria com a Dana é vital pois, além de nos gerar recursos para trabalharmos mais, nos serve como credencial na hora de sugerir outras parcerias com empresas”, afirma.

Cristina cuida da parte administrativa
Imagem: Marcos Massa

Ana Cristina Santos Jorge de Oliveira é casada com Cassius e trabalha no Aterro há 4 anos com ele. Cristina faz todo tipo de serviço administrativo para a Associação e mora em Gravataí. Quando começou a trabalhar no Aterro, fazia a triagem de resíduos recicláveis e logo aprendeu as diferentes classificações de materiais. Há 2 anos, quando engravidou, passou a ser Coordenadora de Produção. A responsabilidade aumentou, mas ela se sente feliz por fazer algo por sua gente. “Existe muito preconceito, as pessoas acham que somos lixeiros, mas o que queremos é mostrar que esse é um serviço tão digno como qualquer outro”. Cristina tem 4 filhos: Alisson, de 12 anos, Camila, de 7, Flávia, de 8 e Antônio, de 2, e quer dar oportunidades para que eles cresçam na vida, através do estudo. Ela trabalhava como faxineira para sustentar as crianças mas, agora, sente que está no lugar certo. “Me sinto bem fazendo o meu trabalho, acho que contribuo para um mundo melhor para os meus filhos”, diz.

Tânia trabalha há 20 anos com reciclagem
Imagem: Marcos Massa

Outra ‘mãezona’ é Tânia Maria Cardoso, que trabalhou uma vida toda como catadora para sustentar sua família. Ela nasceu em Passo Fundo, interior do Estado, mas veio para Porto Alegre na perspectiva de encontrar um bom emprego, já com 2 filhos, André (que hoje tem 29 anos), e Alex (de 27) – e grávida de Anelise, hoje com 25 anos. Chegando na Capital, a única alternativa encontrada por ela e pelo marido foi a de trabalhar como catadores de lixo, usando um carrinho de mão. Tânia levava os filhos consigo. Estudou até a 4ª. Série do Ensino Fundamental, trabalhou como faxineira e, há 25 anos atrás, começou a catar lixo no bairro onde morava, em Ipanema.
Trabalhava o dia todo caminhando pela cidade, e diz que enfrentou muita discriminação. “Antigamente, era pior. As mulheres catadoras eram vistas como ladras, prostitutas e, os homens, como bêbados e ladrões. O que as pessoas não sabiam é da importância deste trabalho para a sociedade. A gente sempre limpou a cidade”, explica. Trabalhando como catadora, Tânia conseguiu criar todos os seus 7 filhos e foi também uma das fundadoras da FARGS (Fundações Auto-Gestionadas de Materiais Recicláveis do Rio Grande do Sul), quando ainda trabalhava em um Galpão de Reciclagem no bairro Cavalhada. Hoje, ela mora em Gravataí e trabalha há 4 meses no Galpão do Aterro Santa Tecla, junto do marido Rogério. “Trabalho na triagem, e trabalho com isso porque gosto. Sei da importância do que faço e acho que os catadores ainda tem muito a conquistar em reconhecimento, por isso, trabalho com alegria e muito realizada”.

Ivonete: alegria e vaidade
Imagem: Marcos Massa

Alegria é também a marca registrada de Ivonete Cristiane Borges da Silva, que trabalha há 3 anos no Galpão. Vaidosa, de unhas pintadas e trancinhas no cabelo, Ivonete está sempre cantando, sorrindo e encantando com sua alegria genuína.
Aos 32 anos, ela trabalhou como doméstica e mudou-se para Gravataí com o marido, Ademir, com quem é casada há 3 anos. Ivonete voltou a estudar neste ano – está cursando a 5ª. Série do Ensino Fundamental – e diz que é chamada de “patricinha” pelo marido brincalhão. “Eu estou sempre alegre porque não gosto de gente que está sempre de cara amarrada. Lutei muito contra o meu próprio preconceito em relação à minha profissão, e hoje sou muito feliz trabalhando no Galpão. Nos primeiros dias, saía do trabalho com o estômago revoltado e tinha vergonha do que fazia. Hoje, tenho orgulho”, conclui, categórica.

  • Imagens

Paisagem (e realidade) áridas: Aterro Municipal de Santa Tecla, em Gravataí (foto: Marcos Massa)Noeli e Débora: duas gerações de catadoras (foto: Marcos Massa)A alegria das catadoras da Associação Santa Tecla é contagiante (foto: Marcos Massa)Vista do Galpão de Reciclagem da Associação dos Catadores de Santa Tecla (foto: Marcos Massa) (foto: Marcos Massa)Depois de passar pela triagem, o material é prensado para que possa ser vendido (foto: Marcos Massa)
Cor em meio à paisagem árida (foto: Marcos Massa)O papel também é prensado para ser vendido (foto: Marcos Massa)Depois de ser prensado, o material fica depositado no próprio Galpão (foto: Marcos Massa)
Débora: trabalhando e fazendo planos para sua filha, que nascerá daqui a alguns meses (foto: Marcos Massa)Noeli e Débora: mãe e filha na mesma profissão, com boa-vontade de sobra (foto: Marcos Massa)O material, já triado, pronto para a venda (foto: Marcos Massa)
A ATRACAR reúne mais de 20 funcionários no segundo Galpão de Reciclagem do Aterro Santa Tecla (foto: Marcos Massa)Desde seu surgimento, a Associação aumentou os luvros dos catadores em até 400% (foto: Marcos Massa)Vista dos trabalhadores da ATRACAR: organização e união são as palavras-chave (foto: Marcos Massa)

Depois de separados, os resíduos são armazenados e vão para as prensas (no canto direito superior da foto) (foto: Marcos Massa)Rogério e Ivonete, trabalhando sempre juntos para que todos possam crescer (foto: Marcos Massa)Ivonete, a 'patricinha' do Galpão: vaidade e alegria de viver são suas marcas registradas (foto: Marcos Massa)
Os trabalhadores dos dois Galpões reunidos: a união faz a força (foto: Marcos Massa)

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7. Garantir a sustentabilidade ambiental

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Conselho de Ética trocará relator de caso do deputado do castelo

  • Presidente disse que vai destituir Sérgio Moraes (PTB-RS) da função.
    Moraes afirmou que Edmar Moreira (sem partido-MG) era 'boi de piranha'.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

 

Ampliar Foto Foto: Diogo Xavier/ Agência Câmara Foto: Diogo Xavier/ Agência Câmara

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA) (Foto: Diogo Xavier/ Agência Câmara)

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), decidiu destituir o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) do cargo de relator do processo contra Edmar Moreira (sem partido-MG), que ganhou notoriedade por ter um castelo de R$ 25 milhões em Minas Gerais.

A reunião para realizar a troca está marcada para esta terça-feira (12). Araújo tenta agora encontrar um substituto para Moraes, mas já tem ouvido recusas. Uma possibilidade prevista no regimento é que o próprio presidente relate o caso.

Moreira é investigado pelo Conselho de Ética por uso irregular de verba indenizatória. Ele apresentou notas de uma empresa da área de segurança de sua propriedade para receber recursos referentes à verba e, segundo investigação na Corregedoria, não conseguiu provar que o serviço foi efetivamente prestado.

Moraes vai perder o cargo por ter adiantado na semana passada sua posição sobre o tema ao dizer que Moreira era “boi de piranha”. O deputado do PTB fez polêmica ainda ao dizer que estava “se lixando para a opinião pública".

Araújo diz que a destituição de Moraes da função acontecerá a pedido de integrantes do conselho. O presidente tinha designado o petebista e mais dois deputados para investigar Moreira em uma subcomissão. Nesta terça-feira, Araújo vai destituir a subcomissão e, consequentemente, nomear outro relator para o caso.

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“Os dois outros deputados que fazem parte da subcomissão estão desconfortáveis na situação porque não foram procurados antes pelo relator. Então eu destituo a comissão e, em acabando a comissão, o relator está fora também”, afirmou Araújo.
O presidente do Conselho de Ética confirmou ter convidado Moreira Mendes (PPS-RO) para a nova relatoria, mas ele recusou. Araújo diz estar fazendo contatos com os colegas e garante que o novo responsável por comandar o processo será nomeado nesta terça-feira.

“Vou querer conversar antes para ver quem aceita, porque senão eu indico e a pessoa declina. Eu entendo que quando o deputado vai para o conselho vai como missão e, como missão, tem que receber e cumprir.”
Moraes, por sua vez, não aceita a destituição. Ele promete ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o afastamento se confirme. “Vou ao Supremo discutir porque não existe nada no regimento de que eles possam me afastar. Esse acordão não pode acontecer dentro desta casa. Daqui a pouco, se nomeia um relator, não está gostando, pega e troca ele. Ele [Araújo] me nomeou e agora vai ter que aguentar.”
O atual relator nega que tenha antecipado seu voto no caso do deputado do castelo e afirma que está sendo perseguido por não ter condenado o colega de imediato. Moraes afirmou ainda que uma equipe técnica do Conselho de Ética o aconselhou a não ouvir nenhum depoimento. “Eu não aceitei”, conta.

O relator deseja ouvir Moreira, três deputados que ocuparam a primeira-secretaria na época do ressarcimento ao colega, um técnico responsável pela análise das notas e a pessoa apontada como chefe de segurança do parlamentar. Irritado com a imprensa, Moraes grava agora todas as conversas com jornalistas ao telefone.
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terça-feira, 31 de março de 2009

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Mais água para quem mais precisa
Instalação da primeira Bomba no Ceará
Imagem: Arquivo do Programa Bomba D'Água Popular

Desde 2007, a Dana participa do projeto Bomba D'Água Popular, que possibilita a milhares de famílias que vivem no semiárido brasileiro o acesso à água limpa de forma abundante e contínua.
Com o apoio inicial de Misereor, numa ação conjunta entre o Instituto Regional da Agropecuária Apropriada - IRPAA, Coordenadoria Ecumênica de Serviço - CESE, Fundo Nacional de Solidariedade/CNBB/Cáritas Brasileira, OBRAS KOLPING, Articulação no Semi-Árido Brasileiro-ASA, da Autovisão Brasil, braço de desenvolvimento de negócios da Volkswagen, foi implantada a fase piloto do projeto que consiste em instalar bombas de funcionamento manual, em poços já existentes na região, mas que atualmente estão inativos ou são mal aproveitados em função da falta de um equipamento próprio para a captação da água.
Para apoiar o projeto, que torna possível a permanência de comunidades nessa região, a Dana fez a doação de seis bombas d'água, que beneficiam diretamente cerca de 900 pessoas.
Este projeto é uma forma simples e inovadora de contribuir para melhorar a qualidade de vida nessas comunidades, já que a obtenção de água de forma contínua permite o plantio e a criação de animais, incentivando a busca pela sustentabilidade em uma região tão carente.

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De acordo com a Autovisão Brasil, existem mais de 100 mil poços espalhados pelo semiárido que foram escavados pela Petrobras durante as décadas de 60 e 70 na busca por petróleo. Em muitos foi encontrada água e, desde então, onde as condições de potabilidade eram adequadas, esses poços passaram a ser utilizados pelas comunidades. Entretanto, como são muito estreitos e não há bombeamento, a água é retirada manualmente por meio de um “caneco” fabricado a partir de um cano de PVC, o que torna o processo lento e pouco eficaz.
A primeira bomba d'água popular foi doada em outubro de 2005, para uma comunidade do município de Santana do Acarau, no Ceará. Até agora, o projeto Bomba D'Água Popular já instalou mais de 340 bombas, que beneficiaram mais de 70 mil pessoas. Após a instalação, os líderes das comunidades recebem treinamento para serem os zeladores da bomba, capacitados para fazer a manutenção do equipamento.
Cerca de 100 fornecedores da Volkswagen também já fizeram suas doações para o projeto e a própria montadora doou um caminhão 8.120, que faz todo o processo de entrega, do posto de Juazeiro-BA – para onde o fabricante encaminha as bombas – até os municípios beneficiados.
Desenvolvida pelo holandês Gert Jan Bom, enquanto trabalhava como voluntário em Burkina Faso, na África, essa bomba tem capacidade para captar até 1.000 litros de água em uma hora, em uma profundidade de 40 metros. Em 12 horas, são 12.000 litros, o que representa 43 litros de água por pessoa, para uma comunidade de 280 moradores, por exemplo.

  • Imagens

Clique na imagem e confira a versão ampliada.

Comunidade de Saguim Cidade Senhor do Bonfim - BA (foto: Arquivo do Programa Bomba D'Água Popular)Comunidade de Saguim Cidade Senhor do Bonfim - BA (foto: Arquivo do Programa Bomba D'Água Popular)Comunidade de Sacos do Romão, na cidade de Flores - PE (foto: Arquivo do Programa Bomba D'Água Popular)Horta comunitária da comunidade de Saguim Cidade Senhor do Bonfim - BA (foto: Arquivo do Programa Bomba D'Água Popular)Construção da base para a Bomba da comunidade de Saco dos Henriques, Flores - PE (foto: Arquivo do Programa Bomba D'Água Popular)

Este projeto está vinculado às Metas do Milênio

1. Erradicar a extrema pobreza e a fome

4. Reduzir a mortalidade infantil

5. Melhorar a saúde materna

6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças

8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento

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