Fome atinge 1,02 bilhão de pessoas
Roberto Moregola
Pela primeira vez na história, o número de pessoas que passam fome superou a marca de 1 bilhão, segundo relatório da FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. O número representa um sexto da população global e representa um aumento superior a 10% em relação a 2008.
Se os níveis persistirem, a proposta da FAO de redução pela metade do número de pessoas nessas condições não será cumprida. A meta estipula que, até 2015, a falta de alimentos não atinja mais do que 420 milhões de habitantes.
Embora projeções indiquem que em 2009 a produção de gêneros alimentares será inferior à do ano passado, a quantidade disponível de produtos não é apontada como causa do problema. Pesquisas indicam que a produção de cereais, por exemplo, terá índices elevados este ano.
Segundo o estudo, a crise mundial é o principal motivo pelo crescimento da desnutrição ao redor do mundo. A estagnação da economia provocou a diminuição da oferta de empregos e o aumento dos preços dos alimentos. Com isso, as camadas mais pobres ficaram sem acesso às condições básicas de alimentação. Outra consequência registrada foi a mudança da rotina de gastos das famílias, que passaram a consumir alimentos mais baratos, como grãos, em detrimento de produtos como carnes, derivados do leite, frutas e hortaliças, mais caros e ricos em proteínas e nutrientes.
O estudo indica que, para sanar o problema, as famílias afetadas recorrem a deslocamentos migratórios em busca de novos postos de trabalho, empréstimos e a entrada em novos setores da economia. Além disso, é verificado o aumento do número de mulheres no mercado, situação que também pode ocorrer com crianças.
Alguns reflexos nocivos dessas mudanças são a evasão escolar – o que contribui para a perpetuação de um ciclo de pobreza – e a manifestação de tensões sociais.
A região da Ásia e do Pacífico (onde estão localizadas China e Índia) é a que apresenta o maior número de pessoas que passam fome: 642 milhões. Em termos relativos, ou seja, quantidade de desnutridos em relação ao total de habitantes, a África subsaariana (países localizados ao sul do deserto do Saara) tem o maior índice: 32%. A região da América Latina e do Caribe, onde melhoras tinham sido registradas nos últimos anos, apresentou um aumento na taxa da ordem de 12,8%, o que corresponde a 53 milhões de pessoas.
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segunda-feira, 22 de junho de 2009
Planeta Inteligente
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