sexta-feira, 22 de maio de 2009

Novíssima geografia da fome | O POVO Online - Vida & Arte

 

Cinema

Novíssima geografia da fome

Com o Ceará como cenário, o cineasta José Padilha lança hoje em Fortaleza seu terceiro título. Garapa flagra as dores cotidianas das vítimas da fome

Garapa, de José Padilha, flagra situações de miséria e fome em três comunidades carentes no Ceará (Foto: Divulgação/Alexandre Lima)

Seguidor das idéias e da missão do sociólogo Herbert de Sousa (1935-1997), o Betinho, à frente do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), o economista Francisco Menezes, atual diretor da entidade, bem que poderia constar nos créditos do mais recente trabalho do cineasta carioca José Padilha. Numa conversa primeira, em que o diretor procurava dados iniciais para fomentar o projeto de rodar um documentário com foco na problemática da fome, Menezes provocou: “Padilha, por que você não faz um filme sobre a realidade de quem passa fome no Brasil?”. Assim, nascia o longa-metragem Garapa, com estreia prevista para o próximo dia 29, que chega hoje a Fortaleza com duas sessões especiais no Espaço Unibanco Dragão do Mar.
Todo filmado no Ceará, Garapa demarca o reencontro de Padilha com a produção documental e reforça a imagem engajada do cineasta, autor dos polêmicos Ônibus 174 (2002) e Tropa de Elite (2007). Em quase duas horas, o diretor acompanha as dores de três famílias, açoitadas pelo drama da fome. Da periferia de Fortaleza aos confins do município de Choró, no Sertão Central, o cineasta segue, com uma câmera discreta, a rotina de quem, quando almoça, não janta, e vice-versa. Gente simples, envelhecida ainda criança, que vê a vida correr sem nenhuma esperança, nem mesmo a de comer todos os dias. Apesar do recorte geográfico muito definido, o diretor é categórico quanto aos limites de sua nova criação. “Garapa é um filme sobre a realidade de apenas três famílias, mas, eu não tenho receio em afirmar que, dos filmes que eu fiz, é o mais universal. Poderia ter filmado esse documentário em São Paulo ou na África, mas filmei no Ceará. E a fome no Ceará é exatamente a mesma fome de qualquer outro lugar”, argumenta.
Depois de disputadas apresentações em festivais nacionais e internacionais, Garapa se prepara para enfrentar o circuito nacional. Popular, graças ao estrondoso sucesso de Tropa de Elite, José Padilha volta a desafiar os públicos. Dessa vez, não mais com a potência da ficção nem com o registro de um episódio passado, como o trágico incidente do Ônibus 174, mas com a força perturbadora de um presente sofrido, que insiste em perdurar. “O grande dilema da fome, enquanto violência, é que ela não é ocasional, ela é constante”, observa o diretor, que, na passagem de hoje por Fortaleza, também participa do projeto Encontro com Cineastas, promovido pela Vila das Artes. Na entrevista exclusiva a seguir, Padilha desnuda os detalhes de seu novo trabalho e avisa: “Por mais fortes que sejam as histórias de vida dessas três famílias que escolhemos aleatoriamente, eu não acho que esteja aí o grande diferencial de Garapa. O mais forte do filme é revelar essa cara da fome, que a maioria de nós desconhece”. Confira.
O POVO - Garapa começa com duas citações do médico pernambucano Josué de Castro (1908-1973). Eu queria lembrar uma outra fala dele para começar essa nossa conversa. Ele dizia que “enquanto metade da humanidade não come, a outra metade não dorme, com medo da que tem fome”. Isso, de certa forma, aproxima esse novo filme dos outros dois que o antecederam? A violência urbana de Ônibus 174 e Tropa de Elite tem na fome de Garapa um fator determinante?
José Padilha - Eu não acho que a fome seja um fator determinante para a violência urbana. Acho, sim, que a fome é uma forma de violência muito maior que qualquer outra. O grande dilema da fome, enquanto violência, é que ela não é ocasional, ela é constante. Pelo menos aqui no Rio de Janeiro, aqui da Zona Sul do Rio, onde moro, no Jardim Botânico, não tenho como estabelecer um nexo direto. Infelizmente, não conheço outras realidades. Mas, pelo menos aqui, no Rio de Janeiro, onde filmei Ônibus 174 e Tropa de Elite, a fome não é determinante para a violência urbana. Aqui, a violência tem muito mais a ver com a corrupção política, com a má gestão da segurança pública, com o descaso com a educação, com a questão do tráfico de drogas. Claro que eu sei que, também aqui, os índices de pessoas em condição de insegurança alimentar são extremos, mas não arrisco dizer que está aí um motor da violência urbana da cidade do Rio de Janeiro.
OP - Seus outros trabalhos no cinema acabaram por exigir que você teorizasse sobre os temas de sua criação. Com isso, você passou a ser cobrado a dominar temas não necessariamente ligados ao cinema, como segurança pública, por exemplo. Isso tem se repetido em Garapa?
Padilha – De certa forma, sim, mas eu estudei bem menos para fazer esse filme que os outros dois. Garapa é um filme sobre como é passar fome. Queria fazer um documentário que mostrasse a fome do ponto de vista de quem lida com ela, e, não, dos especialistas. Por isso, me preparei menos. Embora tenha lido muito. Não à toa, cito o Josué de Castro logo começo do filme. Minha intenção, desde sempre, era mostrar a realidade da fome, e, não, explicar como ela se dá. Agora, eu acho completamente natural que o cineasta se apodere dos assuntos que discute. Isso é prova da complexidade do cinema. Hoje, depois de Garapa, eu discuto sobre insegurança alimentar com uma maturidade que antes não tinha. Para ser sincero, a fome era algo que desconhecia. Sabia que existia, mas nunca tinha visto.
OP - Que motivação você teve para retomar uma criação documental, tendo em vista a repercussão de sua estreia como diretor de ficção em Tropa de Elite, e por que falar de fome?
Padilha – Isso é interessante. Tropa de Elite e Garapa foram filmados juntos. Eu estava, ao mesmo tempo, envolvido num projeto de ficção e num outro documental. Essa distância de tempo entre eles só aconteceu por uma questão financeira. Foi mais difícil conseguir dinheiro para fazer um filme sobre fome. A idéia de Garapa não foi algo que amadureci. Na verdade, ela me chegou pronta. Numa conversa com o Francisco Menezes, do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), ONG criada pelo Betinho aqui no Rio, ele me provocou: “Padilha, por que você não faz um filme sobre fome? Um filme sobre a realidade de quem passa fome no Brasil?”. Isso mexeu muito comigo.
OP - De que forma você venceu a frieza dos números e encontrou as três famílias cearenses com as quais constrói sua narrativa?
Padilha – O próprio Francisco Menezes me sugeriu uma estrutura narrativa para o documentário. A idéia dele é que eu acompanhasse a realidade de três famílias em condição de insegurança alimentar máxima, em diferentes regiões do Brasil. Foi ele, também, quem me indicou o Ceará. Em Garapa, eu não fiz nenhum trabalho de pré-produção. Em Fortaleza, por exemplo, a família da Lúcia foi a primeira que encontrei no Centro de Nutrição do Conjunto Palmeiras. Garapa é um filme sobre a realidade de apenas três famílias, mas, eu não tenho receio algum em afirmar que, dos filmes que eu fiz, é o mais universal. Poderia ter filmado esse documentário em São Paulo ou na África, mas filmei no Ceará. E a fome no Ceará é exatamente a mesma fome de qualquer outro lugar.
OP - A princípio, você se coloca como mero observador, mas, aos poucos, tem sua equipe meio que afetada pela realidade que filma. Numa cena, você ajuda uma criança que está sofrendo com dor de dente. Em outro momento, tira a câmera de dentro de uma casa, diante do risco do marido, faminto, bater na mulher, de rabo cheio, como ele diz. Que tipo de relação você e sua produção estabeleceram com os personagens?
Padilha – Nós acompanhamos cada família por um período de cerca de 30 dias. Cada vez que a nossa relação ia aumentando com essas famílias, ficava mais e mais difícil de filmar. É inevitável que você não construa laços. A gente se aproximou, sim, do cotidiano dessas pessoas, mas esses dois casos que você cita têm dimensões bem diferentes. Quando eu dei o remédio para o garoto com dor de dente, não era exatamente o José Padilha cineasta. Era a pessoa, que não seria capaz de deixar uma criança sofrendo. Já quando nos retiramos da casa da Lúcia, naquele momento de briga dela com o marido, é porque achamos que a câmera pudesse estar estimulando uma agressividade maior dele. Mesmo assim, ficamos por perto, acompanhando. Por mais fortes que sejam as histórias de vida dessas três famílias que escolhemos aleatoriamente, eu não acho que esteja aí o grande diferencial de Garapa. O mais forte do filme é revelar essa cara da fome, que a maioria de nós desconhece.
OP - Interessado pela fome, você acaba denunciando uma realidade, na qual os problemas têm feições múltiplas. Em que medida as populações famintas têm domínio dessa complexidade?
Padilha – Essas pessoas sabem, sim, o que está acontecendo com elas. Isso não dá para negar. Elas sabem que aquela condição em que vivem tem uma série de fatores envolvidos. Agora, a fome é uma situação de fragilidade extrema. Com isso, por mais que possam até ter consciência, algumas questões, como o controle de natalidade, por exemplo, acabam sendo muito pouco discutidas. É muito forte uma espécie de fatalismo. Alguns assuntos, evidentes naquele cotidiano, só entraram em discussão porque eu provoquei. Nesses momentos, as respostas, para mim, são muito reveladoras desse domínio que você me pergunta. Num trecho, quando questiono a um dos pais se ele não acha que quanto mais filhos tiver mais difícil vai ser mais de conseguir comida para todos, ele me responde com um “Deus dá”. É claro que Deus não dá, ou, pelo menos, não estava dando para aquela família.
OP - Você tenta estabelecer com os seus interlocutores um debate sobre a eficácia do programa Fome Zero, grande bandeira do presidente Lula. Você diria que o projeto transformou a percepção social para a problemática da fome?
Padilha – Eu sou um entusiasta do Fome Zero. O Governo acerta, e muito, quando dá comida a quem tem fome. A situação da fome hoje em nosso País é menor que há alguns anos. Então, vejo, sim, como um instrumento extramente eficaz. Principalmente, por conta dessa transformação de percepção que você me pergunta. Hoje a fome é assunto nacional e é um problema que precisa ser enfrentado.
OP - Em Garapa, você acompanha o cotidiano de três famílias. O número parece modesto, mas o fato é que o panorama traçado é desolador. Por esses locais onde passou com sua equipe, você encontrou algum contraponto de dignidade ou a fome é geral?
Padilha – Três famílias pode parecer um recorte muito limitado, tendo em vista os 963 milhões de pessoas em todo o mundo que, segundo a ONU, vivem em condição extrema de fome, mas acredito que Garapa dê um novo significado a esse número. Sei, por exemplo, que os vizinhos da Robertina, no interior do Ceará, não passavam fome. Para mim, isso não muda nada, porque a Robertina, o marido e os filhos viviam numa condição de insegurança alimentar aguda. Diante disso, resta respeitar os números. No Brasil, de acordo com uma pesquisa recente do Ibase, 11,5 milhões de pessoas, assistidas pelo Fome Zero, convivem com uma grave insegurança alimentar. O que dizer das milhares que estão fora do programa? O número está dado, a gente não tem como fugir.
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Vítimas de enchentes no Norte e Nordeste reclamam da falta de comida :: Notícias JusBrasil

 

Vítimas de enchentes no Norte e Nordeste reclamam da falta de comida

Extraído de: G1 - Globo.com -  15 de Abril de 2009

Estados do Norte e Nordeste do Brasil continuam tendo prejuízos com as chuvas. Vítimas de enchente reclamam da falta de comida e de água potável.

Veja o site do Jornal Nacional

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Em Bacabal, no Maranhão, o Rio Mearim subiu quatro metros acima do nível normal. A praça da cidade ficou alagada. Oito municípios do interior continuam em estado de emergência.

No Acre, três mil pessoas tiveram que deixar suas casas. Os bombeiros trabalham também na retirada de troncos de árvores trazidos pelo Rio Acre, que ameaçam na estrutura das pontes em Rio Branco.

Em Altamira, no Pará, equipes trabalham para recuperar pontes e estradas. A Defesa Civil informou nesta quarta-feira (15) que o número de desabrigados na cidade aumentou para 1,4 mil pessoas.

Voluntários distribuíram roupas e calçados para as vítimas da enchente. O abastecimento de água ainda não foi normalizado, mas o governo do estado instalou caixas d'água em vários bairros.

O Ministério Público está investigando o que causou o rompimento de açudes próximos ao município de Altamira. Segundo a Defesa Civil, alguns deles foram construídos ilegalmente.

Alerta

A Agência Nacional de Águas fez hoje um alerta de enchente para a região amazônica. O nível do Rio Negro passou de 28 metros e está muito próximo do que foi registrado na maior cheia da história, ocorrida em 1953, quando as águas chegaram a 29,69 metros.

O relatório aponta que 50 mil moradores poderão ficar desabrigados em Manaus e áreas próximas. A Secretaria Nacional de Defesa Civil informou que foram enviados para a cidade 450 mil kits para desabrigados e 312 mil toneladas de alimentos.

Autor: Do G1, com informações do Jornal Nacional

Vítimas de enchentes no Norte e Nordeste reclamam da falta de comida :: Notícias JusBrasil

CNBB destaca PEC do divórcio, enchentes e terras na Amazônia

 

PEC 047 - Inclusão do direito à alimentação na Constituição
A presidência da CNBB manifestou o apoio da Igreja à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 047/2003, que recomenda a inclusão do direito à alimentação entre os direitos sociais estabelecidos no Artigo 6º da Constituição Federal (CF).
"Reiteramos a necessidade de incluir da alimentação na Constituição Federal como direito social. Incluir isso na Carta Magna brasileira representa um avanço muito grande para os famintos, já que este benefício social [o alimento] nem sempre é alcançado por todos. Garantir alimento é garantir vida", explicou o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha.
De acordo com o presidente, a organização social do país não favorece os pobres e necessitados. "A organização social brasileira é frágil, pois privilegia os grandes latifundiários, monocultores e esquece que [o Brasil] tem uma população enorme passando fome. A CNBB trabalha para que seja aprovada a PEC 047/2003. Embora sendo um direito natural, o alimento deve fazer parte da nossa Constituição [como um direito social]”, afirma Dom Geraldo. Segundo o arcebispo, isso obrigaria o Governo a garantir o alimento a todos.
Enchentes no Norte e Nordeste
A presidência falou sobre o objetivo da nota aprovada pelo Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) reunido desde o dia 19, em Brasília, manifestando solidariedade às vítimas atingidas pelas enchentes no Norte e Nordeste do Brasil.
"A CNBB juntamente com a Cáritas Brasileira faz uma convocação às nossas dioceses, paróquias e comunidades, e a todo o Brasil, a se empenharem numa campanha nacional de solidariedade aos atingidos pelas enchentes", reafirmou Dom Geraldo Lyrio. 
Para Dom Dimas, a iniciativa da CNBB e da Cáritas hoje é uma repetição daquilo que fez durante as enchentes que flagelaram o estado de Santa Catarina em 2008. "Da mesma forma que no ano passado, estamos nos empenhando nesta nova campanha. Em Santa Catarina, o apelo foi pela reconstrução das casas. Agora a mesma necessidade retorna para que divulguemos a campanha a fim de reconstruir a vida desses novos atingidos, por meio de contas bancárias, arrecadação voluntária e através dos meios de comunicação", esclareceu o secretário da CNBB.
O vice-presidente da Conferência, Dom Luiz Soares, que também é arcebispo de Manaus (AM) há 18 anos, frisou que é preciso ter cautela com discursos superficiais em relação às enchentes e destacou que o homem perdeu o hábito de conviver com a natureza. "As pessoas falam que as enchentes estão ocorrendo por influência das mudanças climáticas, mas é preciso ter cuidado com esse discurso. Não é a primeira vez que há enchente em nossa região, elas sempre ocorreram, uns anos mais, outros menos. Um fato que chama atenção é a perda da convivência entre homem e natureza. O ser humano foi construindo casas onde não devia e agora as enchentes vêm e se tornam uma calamidade", advertiu.
Dom Luiz explicou também a situação das regiões atingidas na Amazônia e o que está sendo feito para a população superar as perdas causadas pelas enchentes. “A população está passando por dificuldades no momento, mas o Governo do estado está providenciando os devidos suprimentos aos atingidos. Já soubemos também que o Governo Federal está preparando o envio de mantimentos e materiais de primeira necessidade, mas ainda não chegou. Por enquanto ninguém está passando fome por causa das enchentes”. Dom Luiz expressou ainda sua preocupação para quando as águas baixarem. “Minha preocupação é depois, quando as águas baixarem, pois é nesse momento de fato que as pessoas veem o que perderam e o que restou”.
Dom Geraldo Lyrio também chamou a atenção da imprensa para não deixar de noticiar as enchentes, sobretudo depois que as águas começarem a baixar. “A tendência dos meios de comunicação é dar ênfase ao assunto quando as águas começam a subir, mas logo que o nível baixa, ninguém mais fala sobre isso. É preciso que se continue a falar porque a situação fica pior depois que as águas baixam, porque as consequências permanecem”.

CNBB destaca PEC do divórcio, enchentes e terras na Amazônia

Notícias | Plan Brasil

 

Sobe para 154 mil o número de desabrigados e desalojados no Maranhão. A Plan está trabalhando na região.

Plan Brasil

O Maranhão é um dos quatro estados da região nordeste que mais tem sofrido com os estragos causados pelas chuvas nos últimos três meses. E, de acordo com a Defesa Civil, a previsão é de chuvas fortes até o próximo dia 15 deste mês. A quantidade de pessoas afetadas já passa de 154 mil. Desse total, 23 mil estão desabrigados e mais de 29 mil foram desalojados.
Em todo Estado, 54 municípios foram afetados e, destes, 43 decretaram situação de emergência. Batalhões do Exército estão no Maranhão para auxiliar na reconstrução de estradas destruídas pela força das águas. Quatro rodovias federais estão totalmente bloqueadas e outras quatro parcialmente. De acordo com a Defesa Civil Estadual ao menos 194 km de estradas foram danificadas parcial ou totalmente pelas chuvas.

Plan Brasil

Em São Luís, capital do Estado, a Defesa Civil Municipal informou que o número de desabrigados e desalojados passou de 800 para mais de 1.200 pessoas. Em Codó, um dos municípios do Maranhão mais castigados pelas chuvas, aproximadamente 12 mil pessoas foram atingidas, sendo 800 famílias desabrigadas. Vinte e sete escolas tiveram de paralisar suas atividades e servem de abrigos. Em Timbiras, a cerca de 30 quilômetros de Codó, são mais de seis mil pessoas desabrigadas. As escolas municipais e estaduais também pararam de funcionar para alojar os desabrigados.
A Plan Brasil, que trabalha nos municípios de São Luís, Codó e Timbiras, está trabalhando ativamente na área e com parcerias com a Defesa Civil em São Luís, e com a Secretaria de Assistência Social de Codó e de Timbiras. Ainda esta semana, a Plan comprará cestas de alimentação e kits de reposição de perdas e danos para os desabrigados atingidos pelas chuvas das áreas de Cidade Olímpica e Itaqui-Bacanga, onde a organização mantém seus projetos.
Em Codó, a Plan também está desenvolvendo um Plano de Ajuda Humanitária e Convivência Pacífica, que inclui a compra e distribuição de 500 kits de emergência (cestas básicas, roupas, brinquedos e móveis), e a realização de oficinas com crianças, jovens e adultos que estão em alojamentos, para a promoção de técnicas de higiene e saúde, além de princípios de convivência pacífica nestes ambientes.

Notícias | Plan Brasil

Chuvas

Norte e Nordeste sofrem com as enchentes

5 de maio de 2009
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Já passa de 600.000 o número de pessoas afetadas pelas enchentes no Norte e Nordeste do país. Os estados mais atingidos pelas fortes chuvas são Maranhão, Piauí Ceará, Bahia, Pará e Amazonas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta terça-feira o Maranhão e o Piauí para sobrevoar as áreas mais atingidas.

O Maranhão tem 52 cidades em estado de emergência. Após sobrevoá-las ao lado da governadora Roseana Sarney, Lula disse que vai liberar dinheiro para ajudar a região, mas exigiu do governo estadual projetos "muito bem realizados". "Não adianta ter dinheiro se não tem projeto; o projeto é essencial para se conseguir o dinheiro", disse Lula. O Ministério da Saúde autorizou o envio ainda esta semana de um carregamento com 265.000 unidades de 15 tipos de medicamentos e insumos ao estado.

No Piauí, as aulas foram suspensas na capital Teresina por causa das enchentes e o prefeito Sílvio Mendes (PSDB) decretou ponto facultativo aos funcionários do município. Com a medida, a prefeitura espera evitar congestionamentos e transtornos causados pelos alagamentos. Há pelo menos 36.000 pessoas afetadas pelas chuvas em todo o estado.

Na Bahia, três pessoas morreram na capital Salvador após um deslizamento de terra provocado pelas chuvas. Segundo a Defesa Civil, três imóveis desabaram no bairro de Pirajá. A chuva também provocou a queda de uma árvore, que atingiu dois ônibus e um carro. No Ceará há mais de 26.000 pessoas desalojadas. As chuvas na região já duram um mês e causaram, até o momento, sete mortes. Em todo o estado há 165.000 pessoas atingidas pelas chuvas, que atingem 134 municípios, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Norte - No Pará, as regiões mais atingidas pelas cheia são o baixo Amazonas e Tapajós, onde o nível do rio já está a 8,5 metros acima do. Segundo a Defesa Civil Estadual, pelo menos 32.000 pessoas foram afetadas pelas enchentes e ao menos 1.000 estão desalojadas. Há 28 municípios em estado de emergência. No Amazonas, o tradicional Festival Folclórico de Parintins corre o risco de não ser realizado nos últimos dias de junho por conta da enchente que já atinge bairros próximos ao Bumbódromo.

A Defesa Civil Estadual estima que cerca de 30.000 pessoas que moram na zona oeste de Parintins, a 325 quilômetros de Manaus, podem ficar completamente isoladas do centro. No município, foram cadastradas 2.000 famílias desalojadas. De acordo com o secretário de governo do Estado, José Melo, contudo, o município que mais preocupa é Anamã, a 168 quilômetros da capital. "O município está submerso porque foi construído dentro de um vale, as pessoas estão todas ilhadas nos poucos lugares mais altos", afirmou.

(Com Agência Estado)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Dana Social

Doação de resíduos para o Aterro Santa Tecla

Inclusão coletiva através da doação de resíduos recicláveis
Doação acontece desde 2001
Imagem: Marcos Massa

O lugar é árido. Um Aterro de lixo sempre é um quadro triste de se ver e faz pensar nos desperdícios que cometemos no nosso dia-a-dia. O Aterro Municipal Santa Tecla, em Gravataí, não é diferente. Mas a profusão de sorrisos que se encontra lá é tamanha que é impossível não se emocionar e sorrir de volta.
São dois galpões de reciclagem que sustentam 46 famílias de Gravataí, que vivem da triagem do lixo. A Dana doa para este Galpão os resíduos recicláveis de papelão, plástico e vidro gerados na empresa. No caso dos plásticos e papelões, a geração de resíduos, em 2007, foi de 90 toneladas de papel, 89 de plásticos e 800 Kg de vidro – 80% deste material é doado para as usinas de reciclagem do município de Gravataí.
O objetivo é que os catadores de lixo promovam uma reciclagem em nível comercial dentro dos galpões de reciclagem localizados dentro do aterro Sanitário Municipal Santa Tecla, em Gravataí. A ideia é evitar que eles retornem ao aterro para fazer coletas manuais, como era feito antes destes projetos sociais. Outro objetivo desta ação é fortalecer a implantação da coleta seletiva em Gravataí.

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Gelson acha fundamentais as doações da Dana
Imagem: Marcos Massa

A Dana faz esta doação desde 2001, e as cargas chegam diariamente ao Aterro. Rosângela Maria de Aguiar Gomes, bióloga responsável pelas atividades do Aterro desde 2000, afirmou que a importância destas doações é vital. “O plástico, papelão e vidro que vêm da Dana é muito importante para estas famílias – é um material rico, que vêm limpo e separado para que eles façam a triagem. Sem ele, o Aterro não funcionaria tão bem, com certeza”, disse a bióloga.
No primeiro galpão, trabalham os componentes da Associação de Catadores Santa Tecla. O presidente da Associação, Gelson da Silva, trabalha no Aterro desde 96 e, antes disso, era catador de rua. Em 1996, ele resolveu organizar sua gente e criar a Associação que, ele mesmo define, é uma grande família. “As doações da Dana ajudaram – e muito – a estabilizar a situação da Associação e são muito importantes porque representam o sustento para as 25 famílias das pessoas que trabalham aqui”, relata. Gelson começa a trabalhar todos os dias às 8h30min, e quase não pára até às 17h. Sua esposa, Rosa Muniz da Silva, com quem é casado há 10 anos, trabalha com ele e eles têm uma filha de 2 anos, Rosa.

Noeli e Débora: mãe e filha unidas
Imagem: Marcos Massa

Noeli Martins da Silva conhece bem a história desta Associação – ela trabalha desde 1983 no Aterro, muito antes dela ser criada por Gelson. Nascida em Porto Alegre, com 8 irmãos, ela trabalhou deste criança na roça, já que a família morava num sítio, trabalhando como caseiros. Plantavam mandioca, aipim, batata doce. Tempo pra estudar não havia. Mudou-se para Gravataí já adulta, e começou a trabalhar como catadora de lixo no Aterro porque achava que o serviço seria mais leve do que o da roça. Chegava de manhã, catava lixo o dia todo, e vendia-o no final do dia. “Eu amo o que eu faço, de todo o coração. Sinto que, fazendo isso, posso viver melhor. É do lixo que eu sobrevivo, e não tenho vergonha de dizer isso. Sobrevivo e ainda ajudo a sociedade e o meio ambiente”, diz. Ela gosta tanto do trabalho que incentivou sua filha, Fátima Aparecida, de 24 anos, a trabalhar com ela.
Fátima trabalha no Aterro desde o começo deste ano. Ela mora em Gravataí com o marido, Daniel, com quem é casada há 8 anos, e está esperando seu primeiro filho. “Eu estava desempregada até o início do ano e estou gostando muito de trabalhar aqui. Além disso, fico junto da minha mãe e ajudo meu marido a aumentar nossa renda familiar”.

Força e união
Cassius busca parcerias para os catadores
Imagem: Marcos Massa

No segundo Galpão de Reciclagem do Aterro Santa Tecla, trabalham os funcionários da Associação ATRACAR – Associação de trabalhadores de ofícios vários, carroceiros e catadores de materiais recicláveis do Aterro de Gravataí. Além do material doado pela Dana, eles também trabalham com o material recolhido pela Prefeitura de Gravataí na Coleta Seletiva da cidade. A Associação existe desde 96, com a preocupação de reduzir os intermediários entre os catadores e as pessoas para quem vendem os resíduos – e, assim, aumentar os ganhos dos catadores.
Cassius de Oliveira, Coordenador do Grupo, diz que, hoje, a renda dos catadores desta Associação aumentou em até 400%. Ao todo, 21 pessoas trabalham ali, e mais 33 trabalham como catadores na rua. “Somos organizados. Buscamos parcerias, com grandes empresas e com a Prefeitura e, assim, crescemos juntos. A parceria com a Dana é vital pois, além de nos gerar recursos para trabalharmos mais, nos serve como credencial na hora de sugerir outras parcerias com empresas”, afirma.

Cristina cuida da parte administrativa
Imagem: Marcos Massa

Ana Cristina Santos Jorge de Oliveira é casada com Cassius e trabalha no Aterro há 4 anos com ele. Cristina faz todo tipo de serviço administrativo para a Associação e mora em Gravataí. Quando começou a trabalhar no Aterro, fazia a triagem de resíduos recicláveis e logo aprendeu as diferentes classificações de materiais. Há 2 anos, quando engravidou, passou a ser Coordenadora de Produção. A responsabilidade aumentou, mas ela se sente feliz por fazer algo por sua gente. “Existe muito preconceito, as pessoas acham que somos lixeiros, mas o que queremos é mostrar que esse é um serviço tão digno como qualquer outro”. Cristina tem 4 filhos: Alisson, de 12 anos, Camila, de 7, Flávia, de 8 e Antônio, de 2, e quer dar oportunidades para que eles cresçam na vida, através do estudo. Ela trabalhava como faxineira para sustentar as crianças mas, agora, sente que está no lugar certo. “Me sinto bem fazendo o meu trabalho, acho que contribuo para um mundo melhor para os meus filhos”, diz.

Tânia trabalha há 20 anos com reciclagem
Imagem: Marcos Massa

Outra ‘mãezona’ é Tânia Maria Cardoso, que trabalhou uma vida toda como catadora para sustentar sua família. Ela nasceu em Passo Fundo, interior do Estado, mas veio para Porto Alegre na perspectiva de encontrar um bom emprego, já com 2 filhos, André (que hoje tem 29 anos), e Alex (de 27) – e grávida de Anelise, hoje com 25 anos. Chegando na Capital, a única alternativa encontrada por ela e pelo marido foi a de trabalhar como catadores de lixo, usando um carrinho de mão. Tânia levava os filhos consigo. Estudou até a 4ª. Série do Ensino Fundamental, trabalhou como faxineira e, há 25 anos atrás, começou a catar lixo no bairro onde morava, em Ipanema.
Trabalhava o dia todo caminhando pela cidade, e diz que enfrentou muita discriminação. “Antigamente, era pior. As mulheres catadoras eram vistas como ladras, prostitutas e, os homens, como bêbados e ladrões. O que as pessoas não sabiam é da importância deste trabalho para a sociedade. A gente sempre limpou a cidade”, explica. Trabalhando como catadora, Tânia conseguiu criar todos os seus 7 filhos e foi também uma das fundadoras da FARGS (Fundações Auto-Gestionadas de Materiais Recicláveis do Rio Grande do Sul), quando ainda trabalhava em um Galpão de Reciclagem no bairro Cavalhada. Hoje, ela mora em Gravataí e trabalha há 4 meses no Galpão do Aterro Santa Tecla, junto do marido Rogério. “Trabalho na triagem, e trabalho com isso porque gosto. Sei da importância do que faço e acho que os catadores ainda tem muito a conquistar em reconhecimento, por isso, trabalho com alegria e muito realizada”.

Ivonete: alegria e vaidade
Imagem: Marcos Massa

Alegria é também a marca registrada de Ivonete Cristiane Borges da Silva, que trabalha há 3 anos no Galpão. Vaidosa, de unhas pintadas e trancinhas no cabelo, Ivonete está sempre cantando, sorrindo e encantando com sua alegria genuína.
Aos 32 anos, ela trabalhou como doméstica e mudou-se para Gravataí com o marido, Ademir, com quem é casada há 3 anos. Ivonete voltou a estudar neste ano – está cursando a 5ª. Série do Ensino Fundamental – e diz que é chamada de “patricinha” pelo marido brincalhão. “Eu estou sempre alegre porque não gosto de gente que está sempre de cara amarrada. Lutei muito contra o meu próprio preconceito em relação à minha profissão, e hoje sou muito feliz trabalhando no Galpão. Nos primeiros dias, saía do trabalho com o estômago revoltado e tinha vergonha do que fazia. Hoje, tenho orgulho”, conclui, categórica.

  • Imagens

Paisagem (e realidade) áridas: Aterro Municipal de Santa Tecla, em Gravataí (foto: Marcos Massa)Noeli e Débora: duas gerações de catadoras (foto: Marcos Massa)A alegria das catadoras da Associação Santa Tecla é contagiante (foto: Marcos Massa)Vista do Galpão de Reciclagem da Associação dos Catadores de Santa Tecla (foto: Marcos Massa) (foto: Marcos Massa)Depois de passar pela triagem, o material é prensado para que possa ser vendido (foto: Marcos Massa)
Cor em meio à paisagem árida (foto: Marcos Massa)O papel também é prensado para ser vendido (foto: Marcos Massa)Depois de ser prensado, o material fica depositado no próprio Galpão (foto: Marcos Massa)
Débora: trabalhando e fazendo planos para sua filha, que nascerá daqui a alguns meses (foto: Marcos Massa)Noeli e Débora: mãe e filha na mesma profissão, com boa-vontade de sobra (foto: Marcos Massa)O material, já triado, pronto para a venda (foto: Marcos Massa)
A ATRACAR reúne mais de 20 funcionários no segundo Galpão de Reciclagem do Aterro Santa Tecla (foto: Marcos Massa)Desde seu surgimento, a Associação aumentou os luvros dos catadores em até 400% (foto: Marcos Massa)Vista dos trabalhadores da ATRACAR: organização e união são as palavras-chave (foto: Marcos Massa)

Depois de separados, os resíduos são armazenados e vão para as prensas (no canto direito superior da foto) (foto: Marcos Massa)Rogério e Ivonete, trabalhando sempre juntos para que todos possam crescer (foto: Marcos Massa)Ivonete, a 'patricinha' do Galpão: vaidade e alegria de viver são suas marcas registradas (foto: Marcos Massa)
Os trabalhadores dos dois Galpões reunidos: a união faz a força (foto: Marcos Massa)

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Conselho de Ética trocará relator de caso do deputado do castelo

  • Presidente disse que vai destituir Sérgio Moraes (PTB-RS) da função.
    Moraes afirmou que Edmar Moreira (sem partido-MG) era 'boi de piranha'.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

 

Ampliar Foto Foto: Diogo Xavier/ Agência Câmara Foto: Diogo Xavier/ Agência Câmara

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA) (Foto: Diogo Xavier/ Agência Câmara)

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), decidiu destituir o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) do cargo de relator do processo contra Edmar Moreira (sem partido-MG), que ganhou notoriedade por ter um castelo de R$ 25 milhões em Minas Gerais.

A reunião para realizar a troca está marcada para esta terça-feira (12). Araújo tenta agora encontrar um substituto para Moraes, mas já tem ouvido recusas. Uma possibilidade prevista no regimento é que o próprio presidente relate o caso.

Moreira é investigado pelo Conselho de Ética por uso irregular de verba indenizatória. Ele apresentou notas de uma empresa da área de segurança de sua propriedade para receber recursos referentes à verba e, segundo investigação na Corregedoria, não conseguiu provar que o serviço foi efetivamente prestado.

Moraes vai perder o cargo por ter adiantado na semana passada sua posição sobre o tema ao dizer que Moreira era “boi de piranha”. O deputado do PTB fez polêmica ainda ao dizer que estava “se lixando para a opinião pública".

Araújo diz que a destituição de Moraes da função acontecerá a pedido de integrantes do conselho. O presidente tinha designado o petebista e mais dois deputados para investigar Moreira em uma subcomissão. Nesta terça-feira, Araújo vai destituir a subcomissão e, consequentemente, nomear outro relator para o caso.

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“Os dois outros deputados que fazem parte da subcomissão estão desconfortáveis na situação porque não foram procurados antes pelo relator. Então eu destituo a comissão e, em acabando a comissão, o relator está fora também”, afirmou Araújo.
O presidente do Conselho de Ética confirmou ter convidado Moreira Mendes (PPS-RO) para a nova relatoria, mas ele recusou. Araújo diz estar fazendo contatos com os colegas e garante que o novo responsável por comandar o processo será nomeado nesta terça-feira.

“Vou querer conversar antes para ver quem aceita, porque senão eu indico e a pessoa declina. Eu entendo que quando o deputado vai para o conselho vai como missão e, como missão, tem que receber e cumprir.”
Moraes, por sua vez, não aceita a destituição. Ele promete ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o afastamento se confirme. “Vou ao Supremo discutir porque não existe nada no regimento de que eles possam me afastar. Esse acordão não pode acontecer dentro desta casa. Daqui a pouco, se nomeia um relator, não está gostando, pega e troca ele. Ele [Araújo] me nomeou e agora vai ter que aguentar.”
O atual relator nega que tenha antecipado seu voto no caso do deputado do castelo e afirma que está sendo perseguido por não ter condenado o colega de imediato. Moraes afirmou ainda que uma equipe técnica do Conselho de Ética o aconselhou a não ouvir nenhum depoimento. “Eu não aceitei”, conta.

O relator deseja ouvir Moreira, três deputados que ocuparam a primeira-secretaria na época do ressarcimento ao colega, um técnico responsável pela análise das notas e a pessoa apontada como chefe de segurança do parlamentar. Irritado com a imprensa, Moraes grava agora todas as conversas com jornalistas ao telefone.
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